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Guterres adverte para consequências de acção militar na Coreia do Norte e oferece mediação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que as consequências de uma eventual acção militar na Coreia do Norte são "demasiado horríveis só de pensar", oferecendo os seus "bons ofícios" para mediar um diálogo internacional com Pyongyang.

reuters
16 de Agosto de 2017 às 19:08
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Numa conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, o ex-primeiro-ministro português pediu a todas as partes para apostarem na diplomacia e para diminuírem a retórica de confronto registada nas últimas semanas, particularmente entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

 

"À medida que as tensões aumentam, também há o risco de mal-entendidos, erros de cálculo e de escalada", avisou Guterres, acrescentando que "é importante reduzir a retórica e aumentar a diplomacia". "A solução desta crise deve ser política. As eventuais consequências de uma acção militar são demasiado horríveis só de pensar nelas", realçou.

 

Nesse sentido, o secretário-geral da ONU ofereceu-se para mediar um possível diálogo entre o regime de Pyongyang e as grandes potências internacionais. "Os meus bons ofícios estão sempre disponíveis e transmiti ontem [terça-feira] essa mensagem aos países membros que participam nas negociações a seis (Estados Unidos, Rússia, Coreia do Sul, Coreia do Norte, China e Japão)", indicou.

 

As negociações a seis, lançadas em 2003 após a saída de Pyongyang do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, estão actualmente suspensas. "Estou pronto para ajudar de qualquer maneira", reforçou.

 

Segundo António Guterres, existem várias maneiras possíveis de diálogo, passando por diferentes formatos bilaterais ou por reuniões a seis. "Devemos aprender com as lições da História e não repetir os erros", realçou o secretário-geral, falando ainda sobre a recente resolução que foi aprovada, por unanimidade, no Conselho de Segurança da ONU no início do mês de Agosto.

 

"Todas as partes devem reconhecer que a adopção unânime da resolução 2371 [que reforça as sanções contra a Coreia do Norte] representa uma oportunidade para um compromisso diplomático e para o retomar de um diálogo para resolver esta crise", afirmou.

 

O secretário-geral da ONU apelou ainda a uma aplicação completa da resolução, que prevê privar o regime de Pyongyang em mil milhões de dólares de receitas anuais, ao afectar as respectivas exportações nos sectores das pescas, ferro ou carvão.

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