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George Soros: Elizabeth Warren é a "mais qualificada para ser presidente" dos EUA

O bilionário George Soros considera que a senadora democrata Elizabeth Warren é a candidata "mais qualificada para ser presidente" dos Estados Unidos.

A Bloomberg não tem dados disponíveis para a evolução da fortuna de Soros este ano. Mas foi noticiado que nas semanas após as eleições o investidor perdeu mil milhões de dólares. A eleição de Trump aparenta ter apanhado Soros em contrapé. No quarto trimestre, o investidor desfez a posição no iShares MSCI Emerging Index Fund e no iShares China Large-Cap. Os emergentes são vistos como potenciais prejudicados com as políticas económicas de Trump. Em contraponto, abriu posição na Key Energy Services (investimento de cerca de 30 milhões de dólares), na Time Warner, que é alvo de uma oferta da AT&T, e no Facebook. No entanto, entre as seis maiores posições da carteira apresentada ao regulador dos EUA , metade são em opções de venda sobre índices accionistas. As outras três são na Liberty Broadband, na Adecoagro e na Tivo.
25 de Outubro de 2019 às 15:58
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O bilionário George Soros não dará o apoio formal a Elizabeth Warren - não o fará para nenhum candidato às presidenciais de 2020 -, mas considera que a senadora democrata é a candidata "mais qualificada para ser presidente" dos Estados Unidos.

Para Soros a senadora do Massachusetts "emergiu claramente como a pessoa que derrotará" Donald Trump. "Eu não tomo uma posição pública, mas eu acredito que ela é a mais qualificada para ser presidente", assinalou o também filantropo em entrevista ao The New York Times.  

Elizabeth Warren tem subido nas sondagens das primárias do Partido Democrata, que vão escolher o candidato que deverá confrontar Donald Trump nas próximas eleições, figurando atualmente em segundo lugar, à frente do senador Bernie Sanders (que desafiou Hillary Clinton há quatro anos) e apenas atrás do ex-vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden. 

"Não estou a apoiar ninguém porque eu quero trabalhar com quem que seja [o candidato nomeado pelo Partido Democrata]", justificou Soros, referindo que esse motivo o levava a não expressar as suas opiniões "de forma genérica". 

No entanto, quando questionado sobre o atual presidente dos EUA, Soros não se inibiu nas palavras: "[Trump] é uma aberração e está claramente a colocar os seus interesses pessoais à frente dos interesses nacionais", disse, acrescentando que "isso é factual". "Trump está a provocar muitos danos", considera Soros, dando o exemplo da decisão da Casa Branca de retirar as tropas do norte da Síria, abrindo a porta à incursão da Turquia. 

Tendo em conta essa avaliação do mandato do republicano, o bilionário considera que as coisas "vão mudar" em novembro de 2020, altura em que se realizam as eleições presidenciais em território norte-americano.

Mais ricos têm de ser mais taxados
Questionado sobre se as políticas de Warren não iriam ameaçar o sistema capitalista no qual construiu a sua fortuna, George Soros afirmou ser favorável a mais impostos sobre os rendimentos e o património dos mais ricos.

O filantropo foi um dos 19 milionários que subscreveram uma carta em junho que defende o aumento dos impostos pagos pelos mais ricos, incluindo a tributação de fortunas.

"Um financeiro [a propor isto] faz com que as pessoas fiquem suspeitas", admite, referindo que o próprio tem um "problema moral" neste assunto.

Esta vontade de uma maior tributação sobre os mais ricos para diminuir a desigualdade económica e angariar receitas para financiar o combate à emergência climática está em linha com as propostas que Elizabeth Warren tem apresentado. Uma dessas propostas é uma taxa de 2% sobre ativos – que incluem ações, obrigações, barcos, carros e arte – iguais ou superiores a 50 milhões de dólares, mais 1% sobre ativos acima de mil milhões de dólares.
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