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FMI procura novo economista-chefe. Que CV é preciso?

O economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, que sucedeu em 2015 a Olivier Blanchard, vai abandonar a organização sediada em Washington no final deste ano. O Fundo já está à procura de um sucessor.

EPA/Lusa
01 de Agosto de 2018 às 14:28
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Uma semana depois de anunciar que o actual economista-chefe vai abandonar o cargo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já abriu o concurso para escolher o substituto que será contratado para um período de três anos. No mínimo, os candidatos necessitam de um Curriculum Vitae (CV) com 15 anos de experiência técnica e gestão "relevante", assim como uma especialização académica em economia ou outra área semelhante. 

"Uma vasta experiência e um forte conhecimento de macroeconomia e de assuntos de política estruturais" - são estes os dois ingredientes que o FMI quer ver no próximo economista-chefe que irá substituir Maurice Obstfeld, de acordo com a oferta de emprego publicada esta semana. Os requisitos mínimos exigem experiência de 15 a 20 anos assim como um doutoramento (PhD) em economia. 

Entre as várias responsabilidades do economista-chefe do FMI está a elaboração dos relatórios World Economic Outlook e External Sector Report. Além disso, quem estiver neste cargo é responsável por dar contribuições para o G20 e o G7, grupos exclusivos que incluem apenas as maiores economias do mundo. Somam-se ainda investigações e análises espontâneas que o Fundo decide fazer sobre países individuais e temas específicos.

No anúncio, o Fundo deixa uma pista que poderá beneficiar alguns candidatos, mas excluir outros. "O FMI tem o compromisso de alcançar uma equipa diversificada, incluindo em termos de género, nacionalidade, cultura e passado educativo", assinala o Fundo. Este esforço de diversidade tem sido transversal a vários concursos para posições internacionais de relevo. 

O economista-chefe terá de responder perante a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde, sendo o seu conselheiro económico. Lagarde foi a primeira mulher a chegar ao cargo que existe desde 1946. O cargo de economista-chefe existe desde 1991 e nunca foi ocupado por uma mulher. 

Mas há mais requisitos específicos: o candidato tem de ter capacidades intelectuais e de liderança estratégica que o tornem num líder capaz de lidar com o departamento de Research do FMI; ser um líder reconhecido na sua área; apresentar uma "forte capacidade de promover mudanças" e cooperar eficazmente com a direcção do Fundo, mas também com os representantes dos países-membros; ter alta capacidade de resolução de problemas e inovação e ainda qualidades "excepcionais" de escrita e oralidade em inglês, sendo desejável conhecimento de outras línguas.

A candidatura pode ser submetida online, mas o preenchimento é longo. Tem de inserir o CV, responder a perguntas pessoais, a questões sobre o seu perfil, a educação, a experiência profissional, referências, entre outros. Os interessados têm até 13 de Agosto para submeter as candidaturas.

Maurice Obstfeld vai deixar de ser o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) no final deste ano, pelo que o seu substituto deverá começar em Janeiro de 2019. O economista tinha substituído no cargo Olivier Blanchard em Setembro de 2015.
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