Notícia
Exportações da China voltam a crescer pela primeira vez em seis meses
Redução dos preços para atrair compradores está por trás desta inversão. Especialistas lembram que "os exportadores não poderão continuar a reduzir os preços durante muito mais tempo".
Pela primeira vez em seis meses, as exportações da China voltaram a crescer. Os indicadores permitem perceber, diz a Reuters, que a economia chinesa está a conseguir atrair compradores através da redução de preços. O objetivo é superar a queda prolongada do lado da procura.
Os dados oficiais divulgados esta quinta-feira revelam que as exportações da China cresceram 0,5% em novembro quando comparado com o mês anterior. Em outubro, a queda homóloga, tinha sido de 6,4%.
À Reuters, Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, explica que a "melhoria das exportações está amplamente em linha com as expectativas do mercado", sublinhando que há também "sinais verdes nos dados das exportações de outros países asiáticos nos últimos meses. Por exemplo, as exportações sul-coreanas aumentaram pelo segundo mês consecutivo em novembro, depois de 15 meses em queda.
Zichun Huang, economista da Capital Economics para a China, à Reuters, relembra que "embora o nível dos volumes de exportação tenha atingido um novo máximo, (foram) apoiados pelos exportadores que reduziram os preços".
"Duvidamos que esta robustez se mantenha, [...] uma vez que os exportadores não poderão continuar a reduzir os preços durante muito mais tempo"", acrescentou.
Também um inquérito ao setor privado do país, citado pela Reuters, permite perceber as dificuldades dos proprietários de fábricas em atrair compradores estrangeiros.
Ainda assim, analistas citados pela Reuters acreditam que o país vai registar um crescimento mais rápido do que o expectável no terceiro trimestre do ano. Os especialistas argumentam que os dados mais recentes sobre a economia chinesa permitem pintar um quadro "menos sombrio" da saúde económica da China e que as políticas de apoio adotadas por Pequim desde junho já causaram efeitos positivos.
Em novembro, o Fundo Montetário Internacional (FMI) melhorou as suas previsões de crescimento para a China em 2023 e 2024 em 0,4 pontos percentuais cada. Nesta terça-feira, a agência de notação financeira Moody's baixou a perspetiva para a evolução da dívida soberana chinesa de "estável" para "negativa", citando menor crescimento económico no médio-prazo e preocupações com os elevados níveis de dívida da segunda maior economia mundial.
Esta descida no "rating" aconteceu a dois dias do arranque da cimeira entre China e União Europeia, que começa esta quinta-feira, em Pequim. Encontro entre Von der Leyen e Charles Michel com Xi Jinping será a primeira, presencial, desde 2019.
Os dados oficiais divulgados esta quinta-feira revelam que as exportações da China cresceram 0,5% em novembro quando comparado com o mês anterior. Em outubro, a queda homóloga, tinha sido de 6,4%.
Zichun Huang, economista da Capital Economics para a China, à Reuters, relembra que "embora o nível dos volumes de exportação tenha atingido um novo máximo, (foram) apoiados pelos exportadores que reduziram os preços".
"Duvidamos que esta robustez se mantenha, [...] uma vez que os exportadores não poderão continuar a reduzir os preços durante muito mais tempo"", acrescentou.
Dificuldades em atrair compradores estrangeiros
Apesar dos bons números nas exportações, a pressão sobre os fabricantes chineses não dá sinais de abrandar, depois do índice oficial dos gestores de compra (PMI) da China ter mostrado que as novas encomendas para exportação diminuíram pelo nono mês consecutivo.Também um inquérito ao setor privado do país, citado pela Reuters, permite perceber as dificuldades dos proprietários de fábricas em atrair compradores estrangeiros.
Ainda assim, analistas citados pela Reuters acreditam que o país vai registar um crescimento mais rápido do que o expectável no terceiro trimestre do ano. Os especialistas argumentam que os dados mais recentes sobre a economia chinesa permitem pintar um quadro "menos sombrio" da saúde económica da China e que as políticas de apoio adotadas por Pequim desde junho já causaram efeitos positivos.
Em novembro, o Fundo Montetário Internacional (FMI) melhorou as suas previsões de crescimento para a China em 2023 e 2024 em 0,4 pontos percentuais cada. Nesta terça-feira, a agência de notação financeira Moody's baixou a perspetiva para a evolução da dívida soberana chinesa de "estável" para "negativa", citando menor crescimento económico no médio-prazo e preocupações com os elevados níveis de dívida da segunda maior economia mundial.
Esta descida no "rating" aconteceu a dois dias do arranque da cimeira entre China e União Europeia, que começa esta quinta-feira, em Pequim. Encontro entre Von der Leyen e Charles Michel com Xi Jinping será a primeira, presencial, desde 2019.