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Ex-director de campanha de Trump entrega-se às autoridades. É acusado de 12 crimes

Paul Manafort e o seu aliado, Richard Gates, são acusados de 12 crimes, entre os quais conspiração contra os Estados Unidos e conspiração para lavagem de dinheiro.

Reuters
30 de Outubro de 2017 às 13:15
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O antigo director de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, entregou-se às autoridades na manhã desta segunda-feira, na sequência da investigação sobre o alegado conluio entre a campanha do candidato republicano e personalidades russas tendo em vista a manipulação do resultado das eleições que decorreram em Novembro de 2016.

 

Manafort foi chefe da campanha de Trump durante pouco mais de dois meses, tendo renunciado ao cargo em Agosto de 2016, devido às suspeitas de que poderia ter recebido milhões de dólares de pagamentos ilícitos de um partido político pró-russo da Ucrânia.

 

Essas suspeitas deram origem a uma investigação especial do Departamento de Justiça liderada pelo procurador Robert Mueller, que sondou os negócios e ligações de Manafort a esse grupo político, o Partido das Regiões, que apoiou o antigo líder da Ucrânia Viktor Yanukovich.

 

As autoridades anunciaram que Paul Manafort e Richard Gates, que também esteve ligado à campanha de Trump, foram indiciados por um grande júri federal. São acusados de 12 crimes entre os quais conspiração contra os Estados Unidos, conspiração para lavagem de dinheiro, declarações falsas e sete acusações de falha na apresentação de relatórios de contas bancárias e financeiras estrangeiras.

 

Segundo a imprensa norte-americana, a acusação não incide sobre as actividades relacionadas à campanha. Em vez disso, descreve detalhadamente o trabalho de lóbi de Manafort na Ucrânia e aquilo que os procuradores definem como um esquema para esconder dinheiro das autoridades fiscais e do público, que resultou na lavagem de mais de 18 milhões de dólares.

 

"Manafort usou a sua riqueza oculta no exterior para desfrutar de um estilo de vida luxuoso nos Estados Unidos sem pagar impostos sobre esses rendimentos", diz a acusação.

No Twitter, o presidente Donald Trump reagiu à acusação do seu antigo director de campanha dizendo que as alegações dizem respeito a actividades anteriores a essa função, ainda que a acusação sustente que Manafort e o seu associado Rick Gates conspiraram contra os Estados Unidos "entre 2006 e 2017".

Papadopoulos confessa que mentiu ao FBI

 

Num processo separado, George Papadopoulos, um dos primeiros conselheiros de política externa de Trump declarou-se culpado de mentir ao FBI em relação a um contacto com um professor russo com ligações ao Kremlin, adianta o The New York Times.

 

Segundo a mesma publicação, que cita documentos do tribunal, Papadopoulos admitiu que, inquirido pelo FBI em Janeiro, mentiu sobre uns contactos com o professor russo que ele sabia ter "ligações substanciais com responsáveis do governo russo".

 

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