Notícia
Ex-braço direito de Isabel dos Santos quer colaborar com as autoridades angolanas
Numa carta enviada ao presidente de Angola, Mário Leite da Silva revela novidades sobre os casos em que Isabel dos Santos está envolvida e diz ter "integral disponibilidade" para colaborar com as autoridades angolanas. Pede ainda uma "separação processual" da sua "situação jurídica" face à da empresária.
26 de Julho de 2022 às 09:05
Mário Leite da Silva, ex-braço direito de Isabel dos Santos, tem "integral disponibilidade" para colaborar com as autoridades angolanas nos processos em que esta é arguida, avança esta terça-feira o "Observador". O anúncio foi feito numa carta enviada ao presidente de Angola, João Lourenço, antes da morte de José Eduardo dos Santos.
Na carta de 51 páginas a que o Observador teve acesso, Mário Leite da Silva revela que Isabel dos Santos terá usado a empresa Exem Energia Investimentos, da qual era dona, para reembolsar a Sonangol pelo financiamento que acordou com o seu marido, Sindika Dokolo, para ter uma participação na Galp. O reembolso terá sido de 72 milhões de euros e Sindika Dokolo terá registado um ganho de 12 milhões de euros.
Diz ainda que Manuel Vicente, ex-líder da Sonangol, está a ser protegido pelas autoridades angolanas e acusa João Lourenço e o procurador-geral de Angola de terem escondido das autoridades holandesas um acordo que aprovaram em fevereiro de 2019 entre a Sonangol e Isabel dos Santos. Esse acordo terá sido feito 10 meses antes da apreensão de todos os bens da filha de José Eduardo dos Santos.
Mário Leite da Silva pede ainda que haja uma "separação processual" da sua "situação jurídica" face à da empresária de quem foi o braço-direito desde meados de 2000.
Na carta de 51 páginas a que o Observador teve acesso, Mário Leite da Silva revela que Isabel dos Santos terá usado a empresa Exem Energia Investimentos, da qual era dona, para reembolsar a Sonangol pelo financiamento que acordou com o seu marido, Sindika Dokolo, para ter uma participação na Galp. O reembolso terá sido de 72 milhões de euros e Sindika Dokolo terá registado um ganho de 12 milhões de euros.
Diz ainda que Manuel Vicente, ex-líder da Sonangol, está a ser protegido pelas autoridades angolanas e acusa João Lourenço e o procurador-geral de Angola de terem escondido das autoridades holandesas um acordo que aprovaram em fevereiro de 2019 entre a Sonangol e Isabel dos Santos. Esse acordo terá sido feito 10 meses antes da apreensão de todos os bens da filha de José Eduardo dos Santos.
Mário Leite da Silva pede ainda que haja uma "separação processual" da sua "situação jurídica" face à da empresária de quem foi o braço-direito desde meados de 2000.