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EUA avisam Itália que a China quer ter presença estratégica na Europa

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, advertiu hoje Itália de que a China procura uma presença estratégica na Europa e pediu que as autoridades italianas adotem instrumentos para proteger a privacidade dos seus cidadãos.

Reuters
30 de Setembro de 2020 às 16:56
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Itália deve estar atenta "à segurança e privacidade dos seus cidadãos" em relação nomeadamente ao desenvolvimento de redes de telecomunicações 5G, disse Mike Pompeo em conferência de imprensa em Roma, depois de se reunir com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio.

"O Partido Comunista da China está a explorar a sua presença em Itália para os seus fins estratégicos [...] O Partido Comunista chinês não está aqui para estabelecer uma colaboração mutuamente benéfica", disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Na mesma conferência de imprensa, Di Maio afirmou que Itália está consciente "das preocupações" dos Estados Unidos, mas que está empenhada em "garantir a segurança das redes 5G".

"Continua a ser a nossa prioridade absoluta e somos favoráveis a regras europeias comuns", disse o ministro italiano, frisando que Itália aprovou legislação nesta matéria que permite ao Estado intervir em empresas estratégicas caso considera que há um ataque estrangeiro.

Depois de, hoje de manhã, ter afirmado num seminário que "em nenhum outro lugar como na China, a liberdade de culto é tão atacada", Pompeo voltou a referir-se à questão na conferência de imprensa com Di Maio para afirmar que os Estados Unidos condenam as violações de direitos humanos na China e apontar que a Igreja Católica "sempre defendeu os oprimidos no mundo".

Pompeo e Di Maio abordaram também a situação na Líbia, com o secretário de Estado norte-americano a garantir que os Estados Unidos utilizarão "todas as ferramentas e todo o arsenal diplomático" para "implementar um processo político que encontre uma solução para a Líbia".
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