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EUA asseguram que Europa terá papel nas negociações paz na Ucrânia
Na véspera de uma cimeira de emergência com líderes europeus e na semana em que Trump e Putin se vão encontrar para falar da Ucrânia, os EUA vêm garantir que a Europa não será deixada de fora das negociações de paz.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, garantiu este domingo que a Europa terá um papel a desempenhar em qualquer "verdadeira negociação" para pôr fim à guerra na Ucrânia. O líder da diplomacia dos EUA falava numa altura em que o Presidente Donald Trump estará prestes a encontrar-se com Vladimir Putin, na Arábia Saudita, para discutir o futuro do conflito - conversações que não incluem a Ucrânia nem a Europa.
Numa entrevista à CBS, Rubio indicou que o encontro entre Trump e o Presidente russo é apenas uma primeira abordagem. "As próximas semanas e dias vão determinar se [o compromisso com a paz] é sério ou não. Um telefonema não faz a paz", disse, referindo-se à conversa que os dois líderes tiveram esta semana.
"Em última análise, chegar-se-á a um ponto - se se tratar de verdadeiras negociações, e ainda não chegámos a esse ponto - mas, se isso acontecer, a Ucrânia terá de ser envolvida, porque foi invadida, e os europeus terão de ser envolvidos, porque também têm sanções contra Putin e a Rússia", disse Rubio, repetindo: "Ainda não chegámos a esse ponto".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai reunir "os principais países europeus" em Paris, esta segunda-feira, para discutirem a "segurança europeia", confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.
Este encontro terá lugar no dia seguinte à Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), marcada por um discurso hostil do vice-presidente norte-americano, JD Vance, contra a União Europeia, que acusou de não respeitar a "liberdade de expressão", e pela confirmação de que os americanos estavam a considerar negociações sobre a Ucrânia sem os europeus.