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EUA apresentam lista de condições para isentar UE das tarifas sobre o aço e alumínio

Os EUA apresentaram um conjunto de condições para que a União Europeia se possa juntar ao México, Canadá e Austrália na lista de países isentos do pagamento de taxas aduaneiras sobre as importações de aço e alumínio.

Yuri Gripas/Reuters
Ana Laranjeiro alaranjeiro@negocios.pt 16 de Março de 2018 às 12:17

Os Estados Unidos já terão indicado a Bruxelas que medidas a União Europeia terá de adoptar para que o aço e o alumínio produzido na União a 28 não seja alvo de taxas alfandegárias à entrada nos EUA.

 

Desde que os Estados Unidos anunciaram que iam aplicar tarifas sobre as importações de aço e alumínio, a 1 de Março, que a Europa prometeu uma resposta à altura. Entretanto, a administração Trump decidiu conceder uma isenção ao México, ao Canadá – estando a vigência desta isenção dependente da conclusão do NAFTA – e à Austrália. Washington deu ainda sinais de que estava disponível para negociar com outras economias possíveis isenções.

Cecilia Malmstrom, comissária europeia do Comércio, garantiu na semana passada que vai exigir uma excepção às tarifas impostas por Trump sobre a importação de aço e alumínio. Mas avisa que tomará medidas caso o pedido seja recusado. Trump respondeu dizendo que não cobrava tarifas às importações, se Bruxelas abdicar das barreiras aos produtos norte-americanos.

Agora, a revista germânica Der Spiegel avança, citada pela Reuters, que num encontro entre Robert Lighthizer, representante comercial dos Estados Unidos, e Cecilia Malmstrom, comissária europeia com a pasta do Comércio, o norte-americano apontou as condições da administração norte-americana.

 

Entre o leque de condições estará uma limitação às exportações americanas de metais – sendo o limite os níveis registados no ano passado. Além disso, os Estados Unidos querem que a União Europeia tome medidas para responder às práticas de "dumping" (venda de produtos abaixo do preço de custo) da China, bem como, cooperação europeia em outras questões comerciais, que a revista não detalha.

 

Um outro ponto, na lista de pontos apresentados pelos EUA, está uma questão relativamente à qual Donald Trump já tem insistido. A administração norte-americana quer que Bruxelas dê "provas" de que vai intensificar os seus esforços de armamento, aponta a Der Spiegel.

 

Na próxima semana, o secretário norte-americano do Comércio, Wilbur Ross e a comissária Cecilia Malmstrom vão encontrar-se para tentar encontrar uma solução relativamente a esta questão das tarifas, avançou uma fonte da Reuters.

 

EUA estudam aplicação de tarifas sobre as importações chinesas no valor de 60 mil milhões

 

Estas notícias sobre uma lista de condições que Washington quer ver cumpridas para isentar a União Europeia das tarifas sobre as importações, surgem na mesma semana que é avançado pelas agências que a administração Trump está a estudar a possibilidade de aplicar taxas aduaneiras sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos no valor de 60 mil milhões de dólares.

 

Estas taxas deverão incidir nomeadamente sobre o sector tecnológico e de telecomunicações, de acordo com duas pessoas que debateram o tema com a administração Trump, citadas pela Reuters.

 

A aplicação destas taxas alfandegárias sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos deverá ser associada com a "Section 301" da investigação realizada no âmbito da propriedade intelectual, criada pelo U.S. Trade Act em 1974, de acordo com uma terceira fonte da agência de informação.

 

Além disso, admitiu esta fonte da Reuters, apesar de os impostos deverem incidir sobretudo sobre produtos tecnológicos, electrónica de consumo e telecomunicações, a lista de produtos abrangidos pode ser mais ampla, incluindo eventualmente 100 bens. 

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