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Defesa dos EUA admite que não há provas dos planos do Irão para atacar o país

O secretário norte-americano da Defesa, Mark Esper, admitiu este domingo não haver provas dos planos iranianos para atacar embaixadas dos Estados Unidos, a justificação dada por Trump para matar o general Soleimani.

Rita Faria afaria@negocios.pt 12 de Janeiro de 2020 às 18:08

O secretário da Defesa norte-americano, Mark Esper, admitiu este domingo que não existem provas dos planos do Irão para levar a cabo ataques contra os Estados Unidos, contradizendo a justificação dada pelo presidente Donald Trump para o assassinato do general Qassem Soleimani.

O governante afirmou, porém, que acredita que havia "ameaças contra várias embaixadas" e que o ataque estava "por dias".

"Acredito que havia ameaças contra múltiplas embaixadas", afirmou Mark Esper, em declarações na CNN, destacando principalmente a embaixada norte-americana em Bagdade. "Penso que o ataque estaria por dias" e que resultaria "em hostilidades declaradas".

Na CBS, porém, o mesmo responsável contrariou as anteriores afirmações de Trump reconhecendo que não existem "provas específicas" dos planos do Irão, para depois explicar, já na CNN, que o presidente "acredita que provavelmente teriam como alvo outras embaixadas na região" para além de Bagdade. "Também acredito nisso", acrescentou.

"É consistente com os serviços de informação assumir que teriam atingido embaixadas em pelo menos quatro países", afirmou o conselheiro da Segurança Nacional Robert O’Brien, que também falou às televisões este fim de semana. Havia fortes indícios de que os iranianos queriam "matar" americanos, acrescentou.

Novos ataques a bases dos EUA no Irão

Este domingo, a base norte-americana de Balad, no norte do Iraque, foi alvo de ataques que feriram quatro soldados iraquianos. De acordo com a Reuters, que cita militares iraquianos, foram disparados oito ‘rockets’ contra a base, que fica 80 quilómetros a norte da capital Bagdade.

A declaração dos militares iraquianos não refere quem esteva por trás do ataque e não menciona as tensões entre os Estados Unidos e o Irão, que na quarta-feira disparou mísseis contra duas bases militares no Iraque que abrigam as forças americanas.

Os Estados Unidos responderam ao ataque de quarta-feira com novas sanções económicas sobre o Irão, incluindo penalizações à indústria de metais da República Islâmica e alguns líderes do país.

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