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Contas nacionais e desemprego estrutural são principais ameaças à estabilidade mundial

As crises orçamentais em alguns "países-chave" representam o maior risco para a estabilidade global em 2014, concluiu um inquérito junto dos participantes do Fórum Económico em Davos, que conta com a participação do ministro da Economia. Desemprego estrutural e crises hídricas estão entre principais ameaças à estabilidade mundial.

Bloomberg
16 de Janeiro de 2014 às 16:07
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A maior preocupação dos participantes no Fórum Económico Mundial (WEF, sigla original) relativamente à estabilidade mundial é o risco de crises orçamentais em alguns "países-chave". Um risco que está ligado com a possibilidade do desemprego estrutural limitar o futuro das gerações mais novas, segundo a edição deste ano do estudo "Riscos Globais" realizado pelo WEF.

 

Estas ameaças estão directamente ligadas com a possibilidade de existirem problemas sociais, entre os quais a desigualdade de rendimentos e a instabilidade social e política. 

 

O terceiro risco identificado pelos participantes neste estudo, no qual participaram líderes e especialistas que estarão presentes em Davos, entre 22 e 25 de Janeiro, é o das crises hídricas, que pode resultar em problemas locais e no aumento do custo global dos bens alimentares.

 

"Os riscos que implicam maiores preocupações para os inquiridos são as crises orçamentais em economias-chave, desemprego estruturalmente elevado e as crises hídricas", resume o relatório que identificou as ameaças em função do nível de preocupação, probabilidade e impacto e ainda pela interligação entre elas.

A seca na Rússia em 2010 levou a restrições nas exportações de bens agrícolas, levando os preços de cereais essenciais a subirem em toda a África do Norte e no Médio Oriente. Alguns estudos sugerem que a escassez de água pode reduzir a produção de cereais em 30%.
 
Conselho da Agenda Global para a Segurança Hídrica

Num contexto mais abrangente, encontram-se os riscos de “elevado impacto e com elevada probabilidade” de ocorrerem, lê-se no relatório. Consistem, sobretudo, em problemas de natureza natural e económica. Eventos climáticos extremos e falhas na mitigação do risco das alterações climáticas, bem como um falhanço nas regras de governação ("governance") globais, podem provocar uma cadeia de acontecimentos que ameaçam a estabilidade económica.

 

Os inquiridos que se preparam para comparecem em Davos disseram ainda ser importante "monitorizar tendências" que dizem respeito à falta de liderança, desigualdades persistentes entre os géneros e má gestão de dados (“data mismanagement”). Além da poluição, o risco de acidentes e os excessos na utilização da tecnologia devem ser acompanhados, diz o relatório, que destaca ainda os avanços na área da biologia sintética, veículos automóveis automatizados [ao nível da navegação] e impressão a três dimensões. 

 
Pires de Lima lidera comitiva portuguesa em Davos

A página on-line do Fórum Económico Mundial diz que são quatro os portugueses a participarem nas reuniões de Davos. O ministro da Economia António Pires de Lima vai representar o Governo português, com o secretário de Estado Leonardo Mathias.

 

No entanto, no total serão 10 os portugueses a reunir na cidade suíça, segundo avança o "Diário Económico". Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia e António Guterres, comissário das Nações Unidas também vão estar presentes. O médico português Francisco Goiana da Silva estará como representante da Organização Mundial de Saúde.

 

Do sector privado contam-se, ainda, Pedro Soares dos Santos da Jerónimo Martins, António Simões do HSBC, Beatriz Pessoa de Araújo da firma de advogados norte-americana Baker & McKenzie e o director da Yahoo! Henrque de Castro. Rui Amaral, director da firma controlada por portugueses Eurocash, também estará presente. 

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