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China prepara mais cortes de impostos e política monetária mais expansionista

O Governo chinês está a preparar mais um pacote de corte de impostos para dar um impulso à economia. A política monetária poderá também tornar-se mais acomodatícia.

3º Xi-Jinping – Presidente da China
reuters
21 de Dezembro de 2018 às 10:32
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As autoridades chinesas vão avançar com cortes "significativos" nos impostos e taxas no próximo ano. Face à desaceleração económica que se antecipa para 2019, o Governo chinês também sinalizou que a política monetária pode tornar-se mais expansionista.

De acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias chinesa oficial (Xinhua News Agency), citado pela Bloomberg, os principais decisores do país reuniram-se em Pequim num conclave anual que define as prioridades para o ano seguinte. Contudo, os detalhes só serão divulgados em Março no congresso anual do partido comunista. 

O comunicado divulgado esta sexta-feira, 21 de Dezembro, revela que o Governo chinês quer enfrentar a desaceleração económica com a implementação de mais cortes de impostos para as famílias e as empresas "numa escala maior" do que estava programado.

Assim, a política orçamental será "proactiva" no combate à travagem da economia chinesa. Os cortes de impostos serão, no mínimo, na ordem dos 1,3 biliões de yuans, o que deverá levar o défice para lá dos 3% no próximo ano. 

A seu lado estará a política monetária que deverá ser "prudente", mas "apropriada" entre o aperto e o alívio monetário. O objectivo é que o banco central chinês ajude a manter a liquidez nos mercados e melhore as condições de financiamento das empresas que estejam em dificuldade. 

Mas o mais relevante é que caiu do comunicado o termo "neutro", o que poderá sinalizar uma política monetária mais expansionista caso a economia arrefeça mais do que o previsto. De acordo com a Bloomberg, o comunicado usa a mesma linguagem de 2014 - que precedeu uma redução dos juros e um corte nos rácios de reservas dos bancos chineses - para descrever a política monetária. 

Em Outubro, no Economic Outlook, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento económico da China de 6,4% para 6,2% em 2019. E notou que se o conflito comercial continuar e se intensificar a travagem pode ser ainda maior. Em 2018, a economia chinesa deverá crescer 6,6%.
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