Notícia
China enfraquece moeda em sinal de defesa perante disputa com EUA
A divisa chinesa deverá continuar a enfraquecer dadas as medidas do banco central. O objetivo é amparar o impacto das tarifas dos EUA, ajudando as exportações.
11 de Junho de 2019 às 08:00
O banco central chinês está a tomar medidas para proteger a economia face à disputa comercial com os Estados Unidos: fixou uma taxa de câmbio mais baixa perante o dólar. O objetivo é enfraquecer o yuan e estimular as exportações.
Segundo a Bloomberg, a taxa de câmbio fixada pelo Banco da China esta terça-feira, 11 de junho, situou-se nos 6,8930 por dólar, diferente da previsão média dos "traders" e dos analistas de 6,9089. O yuan fica restringido a mexer-se, no máximo, 2% para cima ou para baixo face ao dólar.
Os planos do banco central passam também pela emissão de dívida soberana em Hong Kong no final deste mês, o que irá, neste caso, ajudar a valorizar o yuan. As duas medidas podem, assim, estabilizar a divisa chinesa.
Este é visto como um sinal contraditório face à recente desvalorização da moeda e às declarações do governador do Banco da China. Yi Gang sinalizou na semana passada que a China não tem linhas vermelhas para a sua divisa e que, portanto, a política monetária pode ser ainda mais acomodatícia num futuro próximo.
A divisa começou a enfraquecer ainda mais no início de maio à medida que a disputa comercial com os EUA começou a escalar ainda mais e os indicadores económicos pioraram. Contudo, a tendência de descida acontece desde abril de 2018 (-9%), altura em que arrancou a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Este fim de semana, à margem do encontro dos ministros das Finanças do G-20, o secretário de Estado norte-americano do Tesouro, Steve Mnuchin, alertou para a queda do yuan como forma de compensação face às tarifas impostas pelos EUA. "Não é coincidência, na minha opinião, que a divisa tenha passado de aproximadamente 6,30 [yuans por 1 dólar] para 6,90", avisou.
Recentemente, o Goldman Sachs admitiu que possam ser ultrapassados os 7 yuans por dólar no final deste ano ou em 2020, um nível que só foi atingido durante a crise financeira.
Este será um mês decisivo para as relações entre os dois países. Em Osaka (Japão), a 28 e 29 de junho, na cimeira do G-20, os dois presidentes devem encontrar-se para tentar selar um acordo. Contudo, o presidente norte-americano avisou ontem que se não houver encontro com Xi Jinping irá aumentar as tarifas de imediato, sugerindo que as tarifas podem ir além dos 25%.
(Notícia atualizada às 11h48 com a correção sobre os efeitos da emissão de dívida)
Segundo a Bloomberg, a taxa de câmbio fixada pelo Banco da China esta terça-feira, 11 de junho, situou-se nos 6,8930 por dólar, diferente da previsão média dos "traders" e dos analistas de 6,9089. O yuan fica restringido a mexer-se, no máximo, 2% para cima ou para baixo face ao dólar.
Este é visto como um sinal contraditório face à recente desvalorização da moeda e às declarações do governador do Banco da China. Yi Gang sinalizou na semana passada que a China não tem linhas vermelhas para a sua divisa e que, portanto, a política monetária pode ser ainda mais acomodatícia num futuro próximo.
A divisa começou a enfraquecer ainda mais no início de maio à medida que a disputa comercial com os EUA começou a escalar ainda mais e os indicadores económicos pioraram. Contudo, a tendência de descida acontece desde abril de 2018 (-9%), altura em que arrancou a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Este fim de semana, à margem do encontro dos ministros das Finanças do G-20, o secretário de Estado norte-americano do Tesouro, Steve Mnuchin, alertou para a queda do yuan como forma de compensação face às tarifas impostas pelos EUA. "Não é coincidência, na minha opinião, que a divisa tenha passado de aproximadamente 6,30 [yuans por 1 dólar] para 6,90", avisou.
Recentemente, o Goldman Sachs admitiu que possam ser ultrapassados os 7 yuans por dólar no final deste ano ou em 2020, um nível que só foi atingido durante a crise financeira.
Este será um mês decisivo para as relações entre os dois países. Em Osaka (Japão), a 28 e 29 de junho, na cimeira do G-20, os dois presidentes devem encontrar-se para tentar selar um acordo. Contudo, o presidente norte-americano avisou ontem que se não houver encontro com Xi Jinping irá aumentar as tarifas de imediato, sugerindo que as tarifas podem ir além dos 25%.
(Notícia atualizada às 11h48 com a correção sobre os efeitos da emissão de dívida)