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Novas ameaças à China deixam Wall Street sem fôlego

As bolsas do outro lado do Atlântico puseram hoje termo à mais longa série de ganhos dos últimos dois meses. A pesar no sentimento dos investidores estiveram novas fricções comerciais.

Reuters
11 de Junho de 2019 às 21:06
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O Dow Jones fechou a ceder 0,06% para 26.048,30 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,03% para 2.885,72 pontos. O S&P 500 abriu em alta, no que parecia que poderia ser a sexta sessão consecutiva no verde, mas não conseguiu manter-se à tona.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite deslizou 0,01% para 7.822,57 pontos.

 

A contribuir para o pessimismo dos investidores esteve o facto de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter confirmado as ameaças feitas pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, de que serão aplicadas tarifas adicionais aos produtos chineses se e não houver encontro com Xi Jinping no G-20, que se realiza a 28 e 29 de junho em Osaka (Japão).

 

Trump ameaçou que, nesse caso, irá aumentar as tarifas aduaneiras de imediato, sugerindo que as taxas podem ir além dos 25%. 

 

No conflito comercial com a China, os EUA aumentaram as tarifas aplicadas a um grupo de bens chineses no valor de 200 mil milhões de dólares, de 10% para 25%. O próximo passo, tinha dito Trump, poderia passar por alargar as tarifas de 25% a um novo lote de bens chineses que ainda não são alvo de taxas aduaneiras e cujas importações estão avaliadas em cerca de 300 mil milhões de dólares. Mas agora ameaça mesmo superar os 25% nessas tarifas.

 

Assim, apesar do alívio com o acordo alcançado entre os Estados Unidos e o México, que levou à suspensão das taxas alfandegárias que entrariam em vigor esta segunda-feira, a frente EUA-China voltou a amedrontar os mercados.

 

Além disso, predomina a prudência junto dos compradores de ações, numa altura em que se espera que a Reserva Federal norte-americana inverta a sua política monetária e anuncie já na reunião do próximo mês um corte dos juros diretores.

 

Hoje, o chefe da Casa Branca voltou a criticar a política monetária da Reserva Federal. Apesar de na semana passada o presidente da Fed, Jerome Powell, ter admitido uma redução dos juros caso necessário, Donald Trump apelidou de "ridículo" o aperto monetário, argumentando que as taxas de juro estão "muito elevadas". Para Trump o ambiente de baixa inflação vivida nos EUA, abaixo da meta implícita da Fed, é "uma coisa muito bonita".

 

Os investidores aguardam agora com expectativa pelos dados da inflação ‘core’, que serão divulgados amanhã. Os economistas inquiridos pela Bloomberg apontam para que o índice de preços no consumidor tenha subido 0,2% em maio face a abril e 2,1% face a maio do ano passado.

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