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Biden admite defender Taiwan em caso de ataque da China
A garantia foi dada pelo presidente norte-americano, durante uma visita oficial ao Japão. Ignorando a "ambiguidade estratégica" adotada por anteriores presidentes, Joe Biden admite apoiar militarmente Taiwan contra a China.
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Os Estados Unidos vão intervir militarmente caso a China ataque Taiwan. A garantia foi dada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, durante uma visita oficial ao Japão, e contrasta com a "ambiguidade estratégica" adotada por anteriores presidentes para minimizar o risco de um conflito direto com a China.
O compromisso de defender Taiwan foi manifestado durante uma conferência de imprensa em Tóquio. Ao lado do primeiro-ministro japonês, Joe Biden respondeu que "sim" à questão de se estaria disponível para se envolver num conflito com a China para defender a ilha de Taiwan, em caso de uma invasão semelhante à da Rússia na Ucrânia. "Foi esse o compromisso que assumimos", salientou.
A resposta apanhou de surpresa vários diplomatas que estavam presentes na sala e que estão a acompanhar a visita de Joe Biden à Ásia, segundo o jornal norte-americano "New York Times".
Joe Biden explicou que a possibilidade de a ilha de Taiwan, cuja independência é negada por Pequim, ser tomada pela China, "numa ação semelhante à que aconteceu na Ucrânia", "não é apropriada". Face a isso, admitiu não ter quaisquer reservas em "fornecer a Taiwan os meios militares para se defender".
Apesar da postura mais incisiva face aos seus antecessores, Joe Biden garantiu ainda que a política dos Estados Unidos em relação a Taiwan "não mudou nada".
Ainda assim, o diplomata e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Yang Jiechi alertou, após as declarações de Joe Biden, que os comentários do presidente dos Estados Unidos "arriscam consequências" e "certamente irão levar a uma situação perigosa".
Esta não é a primeira vez que as declarações de Joe Biden sobre Taiwan geram polémica em Pequim. No ano passado, os assessores do presidente norte-americano tiveram de esclarecer os seus comentários sobre a ilha em quatro ocasiões diferentes, incluindo uma em que descreveu Taiwan como "independente", algo considerado uma linha vermelha para o Governo chinês.
De visita à Ásia, Joe Biden prometeu ainda rever as taxas sobre as importações chinesas com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, para desacelerar a inflação. Em reação a isso, o yuan (unidade de conta da China) subiu 0,7%, para 6,6549 dólares, sendo este o valor mais alto desde o início de maio.
O compromisso de defender Taiwan foi manifestado durante uma conferência de imprensa em Tóquio. Ao lado do primeiro-ministro japonês, Joe Biden respondeu que "sim" à questão de se estaria disponível para se envolver num conflito com a China para defender a ilha de Taiwan, em caso de uma invasão semelhante à da Rússia na Ucrânia. "Foi esse o compromisso que assumimos", salientou.
Joe Biden explicou que a possibilidade de a ilha de Taiwan, cuja independência é negada por Pequim, ser tomada pela China, "numa ação semelhante à que aconteceu na Ucrânia", "não é apropriada". Face a isso, admitiu não ter quaisquer reservas em "fornecer a Taiwan os meios militares para se defender".
Apesar da postura mais incisiva face aos seus antecessores, Joe Biden garantiu ainda que a política dos Estados Unidos em relação a Taiwan "não mudou nada".
Ainda assim, o diplomata e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Yang Jiechi alertou, após as declarações de Joe Biden, que os comentários do presidente dos Estados Unidos "arriscam consequências" e "certamente irão levar a uma situação perigosa".
Esta não é a primeira vez que as declarações de Joe Biden sobre Taiwan geram polémica em Pequim. No ano passado, os assessores do presidente norte-americano tiveram de esclarecer os seus comentários sobre a ilha em quatro ocasiões diferentes, incluindo uma em que descreveu Taiwan como "independente", algo considerado uma linha vermelha para o Governo chinês.
De visita à Ásia, Joe Biden prometeu ainda rever as taxas sobre as importações chinesas com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, para desacelerar a inflação. Em reação a isso, o yuan (unidade de conta da China) subiu 0,7%, para 6,6549 dólares, sendo este o valor mais alto desde o início de maio.