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António Guterres vai nomear mulher para secretária-geral adjunta

O futuro secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que vai nomear uma mulher para secretária-geral adjunta.

13 de Outubro de 2016 às 23:30
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"Quando propuser uma secretária-geral adjunta será uma mulher. É a minha firme intenção que seja uma mulher", afirmou o antigo primeiro-ministro português, nas primeiras declarações à imprensa portuguesa desde que foi eleito para secretário-geral da Organização da Nações Unidas.

 

Guterres vincou que "é normal em termos de paridade que, se o secretário-geral for um homem, a secretária-geral adjunta seja uma mulher e que se a secretária-geral for uma mulher que o secretário-geral adjunto seja um homem".

 

Vários especialistas indicaram que António Guterres deve escolher uma candidata de entre as que participaram na eleição, mas o novo secretário-geral disse que ainda não tem nenhum nome.

 

"Ainda não estamos nessa fase, isto foi tão rápido que estamos a viver cada momento por si e depois na altura própria terei de fazer as consultas, que são indispensáveis de acordo com as normas, e escolher a pessoa mais indicada", explicou, acrescentando que a sua " preocupação é de estabelecer um regime de paridade nas Nações Unidas, com um caminho para isso tão rápido quanto possível, visto que a situação hoje é tão desequilibrada". 

 

"Temos de ter uma grande humildade"

 

O futuro secretário-geral da ONU disse hoje que precisa de ter "uma grande humildade" no cumprimento do seu novo cargo.

 

"Temos de ter uma grande humildade. Isto ainda não começou verdadeiramente. Há todas estas palavras, muito simpáticas, muito elogiosas, mas penso que daqui a um ano ou dois as coisas serão mais difíceis", afirmou António Guterres, nas primeiras declarações à imprensa portuguesa desde que foi eleito

 

Além da humildade, Guterres considerou: "é preciso um grande espírito de serviço e ter consciência de que o sofrimento humano a que assistimos hoje é tal que cada um de nós não conta, o que conta é fazermos tudo aquilo que podermos para reduzir esse sofrimento e espero que esse lugar me de a possibilidade de fazer alguma coisa seria a esse respeito".

 

Sobre as suas prioridades, António Guterres reafirmou que a sua principal aposta será na diplomacia da paz.

 

"A primeira grande preocupação hoje, como seguramente no 1 de Janeiro, tem a ver com a paz e tem a ver com a necessidade muito grande de um impulso para a paz. Estamos a assistir a uma degradação terrível das condições internacionais em matéria de conflito, terrorismo, tudo interligado de uma forma trágica com consequências dramáticas para todos nós", declarou aos jornalistas portugueses.

 

O antigo Alto-comissário para os Refugiados vincou que a Síria é o conflito mais urgente, mas que vários outros merecerão a sua atenção.

 

"É verdade que temos uma preocupação central com a Síria, mas não podemos esquecer que não é só a Síria. Todos estes conflitos são interligados. Há também o Iémen, a Líbia, a Nigéria, o Mali, conflitos interligados e ligados com o terrorismo global. Temos de fazer um enorme esforço para mostrar aos países, os Estados-membros, que todas as suas divergências são pequena coisa em relação ao interesse vital de todos nós de pormos fim a esta situação que se está a degradar, com riscos tão grandes para a segurança colectiva da humanidade", explicou. 

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