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1% dos mais ricos dos EUA prestes a superar riqueza das classes média e alta

A histórica expansão económica dos Estados Unidos enriqueceu tanto o topo da pirâmide que agora a camada que representa 1% da população possui um património quase equivalente aos ativos combinados das classes média e alta.

11 de Novembro de 2019 às 15:00
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O grupo do 1% mais rico obteve enormes retornos no mercado de ações na última década, a ponto de agora controlar mais da metade do património de empresas dos EUA, de acordo com dados da Reserva Federal. Com as carteiras cheias, a elite dos EUA devora um pedaço cada vez maior do bolo.

 

Os mais ricos tinham ativos de cerca de 35,4 biliões de dólares no segundo trimestre, ou pouco menos do que os 36,9 biliões de dólares de dezenas de milhões de pessoas que compõem entre 50% e 90% da população dos EUA - grande parte das classes média e alta do país.

 

A boa sorte pode ser explicada, em parte, pelas taxas de juros, salientou Stephen Colavito, estratega-chefe de mercado da Lakeview Capital Partners, uma empresa de investimentos com sede em Atlanta com foco em investidores de elevado património. As pessoas não conseguem bons retornos com depósitos e outros investimentos passivos, por isso investem em ações e sustentam o mercado em geral, afirmou.

 

Por sua vez, estes investimentos tornam os ricos elegíveis para investir em "hedge funds" e fundos de "private equity" exclusivos. Muitos destes fundos exigem um investimento mínimo de 5 milhões de dólares.

 

"Quanto mais ricos ficam, mais oportunidades têm", realçou Colavito.

 

Não demorará muito para que a camada de 1% supere as classes média e média alta. O património das famílias no escalão mais alto aumentou 650 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2019, enquanto os americanos que representam de 50% a 90% da população ganharam 210 mil milhões de dólares.

 

O grupo que ficou do lado de fora da festa: a base da pirâmide que representa 50% dos americanos. Essas famílias respondem por 35,7% dos passivos nos EUA e por apenas 6,1% dos ativos.

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