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Presidente da Coreia do Sul pede ao parlamento para preparar a sua saída

Park Geun-Hye foi envolvida pelo Ministério Público do país num caso de tráfico de influências e fraude protagonizado por uma amiga sua e centenas de milhares de pessoas saíram às ruas nos últimos cinco fins de semana para pedir a sua demissão.

12.ª Park Geun-hye (Presidente da Coreia do Sul)
Outro país liderado por uma mulher. Geun-hye está à frente da 14.ª economia a nível mundial. E fazendo fronteira com o vizinho imprevisível, Kim Jong-un, que tem tentado demonstrar posições de força. Park Guen-hye, segundo a Forbes, tem-se mostrado firme contra os testes nucleares a norte.
Reuters
29 de Novembro de 2016 às 07:34
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A Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye (na foto), disse hoje que quer deixar o cargo antes do fim do mandato, em 2018, e pediu ao parlamento para preparar a transição.

"Quando os deputados tiverem determinado as condições para uma passagem de poder que minimize qualquer vazio de poder e o caos na governação, eu saio", disse, numa declaração país transmitida pela televisão.

"Deixarei a questão da minha saída, incluindo a redução do meu mandato, a uma decisão da Assembleia Nacional", afirmou.

Park Geun-Hye foi envolvida pelo Ministério Público do país num caso de tráfico de influências e fraude protagonizado por uma amiga sua e centenas de milhares de pessoas saíram às ruas nos últimos cinco fins de semana para pedir a demissão da Presidente, naquelas que são já as maiores manifestações na Coreia do Sul desde os protestos pró-democracia da década de 1980.

A indignação, incluindo de membros do próprio partido da Presidente, tem por base a ideia de que Park foi manietada durante o seu mandato por uma amiga, Choi Soon-sil, acusada de corrupção e tráfico de influências.

A Procuradoria da Coreia do Sul revelou que a Presidente teve um papel "considerável" no escândalo e acusou formalmente Choi Soon-sil e dois antigos assessores presidenciais, indicando que Park cooperou com a amiga e os outros dois ex-colaboradores, que são suspeitos de terem pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares (62 milhões de euros) a duas fundações.

Na quinta-feira, a principal força da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, anunciou que vai apresentar, no início de dezembro, uma moção parlamentar para accionar o processo de destituição de Park Geun-hye.

O escândalo "Choi Soon-sil Gate" reduziu a taxa de aprovação da Presidente a 5%, o valor mais baixo alguma vez alcançado por um chefe de Estado na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980.

O mandato da Presidente termina dentro de 15 meses.

Caso Park se demita antes, a lei obriga a eleições no prazo de 60 dias.
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