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G20 apoia Pequim, China vai gastar mais

O Grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo apoiaram os esforços da China em estabilizar a economia. As autoridades de Pequim estão convencidas que a instabilidade chegou ao fim e vão aumentar a despesa pública.

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How Immune Is India to China's Slowdown?
Negócios 06 de Setembro de 2015 às 15:45
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Os 20 países mais desenvolvidos do mundo estiveram reunidos em Ancara, Turquia, e apoiram as políticas que o Governo chinês está a aplicar para estabilizar a economia. O ministro chinês das Finanças e o governador do banco central mostraram-se convencidos que o objectivo da estabilização financeira foi atingido. Garantiram que não há uma tendência de devalorização a longo prazo e preparam-se para adoptar medidas de estímulo orçamental.

O ministro chinês das Finanças Lou Jiwei afirma que a despesa pública vai aumentar 10% em vez dos 7% consagrados no orçamento no início do ano, revelava um comunicado divulgado ao fim do dia de sábado, de acordo com a Reuters.

O mercado accionista chinês caiu cerca de 40% desde o máximo atingido em Junho o que desencadeou uma intervenção sem precendentes das autoridades. As perspectivas de crescimento deterioram-se e contagiaram praticamente todo o mundo obrigando o BCE a adoptar medidas na reunião desta última semana. 

Na reunião do Grupo dos 20, que decorreu em Ancara na sexta e sábado, a China benefeciou de um alargado apoio, com os líderes dos países mais ricos a mostrarem-se optimistas quanto aos efeitos das medidas que têm sido adoptadas pela equipa liderada pelo presidente Xi Jinping.

Uma dos aspecto clarificados foi o da política cambial. De acordo com o Financial Times, os responsáveis chineses convenceream os seus pares, ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais, que a desvalorização que fizeram a 11 de Agosto tem apenas como objectivo adoptar uma política mais de mercado e não pretende entrar num processo de desvalorização competitiva.

A directora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse em Ancara, no fim do encontro do G20 que decorreu no sábado, que o diálogo com a China foi muito aberto e de compreensão mútua.  Do lado europeu, ainda segundo o que é reportado pela imprensa internacional, as perspectivas foram positivas e de apoio ao que estão a fazer as autoridades chinesas para estabilizar a economia. O ministro alemão das Finanças afirmou, por exemplo, que não existiam razões para temer um abrandamento da economia chinesa.

Apenas o Japão não se mostrou convencido. "Tentaram ser construtivos mas não foram suficientemente claros nos detalhes", afirma o ministro japonês das Finanças Taro Aso, citado pelo Financial Times.  De acordo com a Bloomberg, Taro Aso contou que o governador do banco central chinês disse três vezes no encontro do G20 que a bolha financeira chinesa já tinha sido corrigida.

"A instabilidade nos mercados accionistas da China está perto do fim". Esta mensagem foi igualmente transmitida pelas fontes oficiais chinesas aos jornalistas que estiveram em Ancara no encontro do Grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo.

As autoridades chinesas intervieram para impedir uma queda livre do mercado, mesmo estando convencidas de que era necessário algum ajustamento, afirmou no sábado em Ancara o director geral do Banco Popular da China, Zhu Jun, numa entrevista à Bloomberg.

"Pensamos que estamos a chegar ao fim" desta fase de volatilidade do mercado, disse Zhu. O nível de alavancagem do mercado diminuiu significativamente e nós pensamos que não existe risco sistémico, afirmou ainda, na entrevista à Bloomberg.

As autoridades chinesas garantiram ainda que a depreciação do yuan que fizeram em Agosto não é uma política de desvalorização competitiva mas sim uma medida para passarem a estar mais sujeiros às regras do mercado no cambial.

A mensagem geral das autoridades chinesas, que pareceu convencer a maioria dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 foi: a instabilidade dos mercados financeiros chegou ao fim, a política cambial não passa por uma desvalorização da moeda e as despesas públicas vão aumentar mais do que o previsto este ano.

Os mercados estiveram fechados na China durante quinta e sexta-feira no quadro das comemorações  70.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Reabrem esta segunda-feira dentro de poucas horas.
 



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