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FMI alerta China para aumento do crédito e endividamento  

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje para os riscos na economia chinesa, a segunda maior do mundo, devido ao rápido aumento do crédito e endividamento, que tornam o seu "futuro incerto" a médio prazo.  

25º - China. Posição em 2015 (22ª)
14 de Junho de 2016 às 11:28
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Num relatório apresentado hoje em Pequim, o FMI reconhece que as perspectivas imediatas do gigante asiático melhoraram, fruto de medidas de estímulo, mas que existe a necessidade de abordar os excessos de crédito e capacidade produtiva.

 

O número dois da instituição, David Lipton, apontou em comunicado para os "progressos desiguais" nas reformas levadas a cabo pelo Governo chinês, que resultaram em que as ameaças se mantenham.

 

O FMI assinalou que as perspectivas a médio prazo para a economia chinesa são afectadas pelo rápido aumento do crédito, os excessos de capacidade industrial e um sector financeiro "cada vez maior, opaco e interconectado".

 

Neste sentido, o organismo destacou o forte aumento do crédito, que em 2016 está a crescer a um ritmo recorde, e aconselhou a que este seja "substancialmente diminuído", para que se ajuste ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

 

O FMI advertiu que "é imperativo" para o país solucionar o problema de uma dívida corporativa que, "apesar de gerenciável, é alta e está a crescer rapidamente".

 

A instituição com sede em Washington também instou Pequim a fortalecer a capacidade de resistência dos bancos, e das instituições financeiras no geral, aos riscos, e a incentivar ao reconhecimento de potenciais perdas.

 

No âmbito fiscal, o Fundo aconselhou ao aumento da responsabilidade dos governos locais nos gastos e receitas e à expansão do sistema de segurança social.

 

"A China encontra-se numa fase crucial no seu caminho para o desenvolvimento", afirmou Lipton, que elogiou os avanços realizados pelo país na transição de um modelo assente nas exportações para um voltado para os serviços e com um mercado de capitais aberto.

 

Lipton assegurou que a taxa de câmbio da moeda chinesa, o yuan, tornou-se "mais flexível" desde as alterações introduzidas pelo banco central chinês no passado verão e que as autoridades estão a melhorar a qualidade das suas estatísticas e a sua política de comunicação com os mercados.

 

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