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China vai abrir "ainda mais as portas ao mundo"

A economia chinesa vai "abrir ainda mais as portas ao mundo", declarou esta quarta-feira o Presidente chinês, Xi Jinping, prometendo um tratamento justo para as empresas estrangeiras presentes no país.

Bloomberg
18 de Outubro de 2017 às 08:07
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"A abertura traz o progresso, o encerramento recuos. A China não vai fechar as suas portas ao mundo, mas abrir-se ainda mais", garantiu na abertura do 19.º congresso quinquenal do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Governo vai "proteger os direitos e interesses legítimos dos investidores estrangeiros e todas as empresas registadas na China serão tratadas em pé de igualdade e de forma justa", insistiu Xi.

O Presidente chinês, que deverá receber um segundo mandato de cinco anos na liderança da segunda potência económica mundial, comprometeu-se a "desenvolver um novo modelo comercial e industrial" para o gigante asiático.

Em Janeiro passado, durante o Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça), Xi Jinping tinha defendido a globalização, garantindo que a China ia "manter as portas abertas", por oposição às aparentes posições proteccionistas dos Estados Unidos.

Mas os parceiros comerciais de Pequim, sobretudo Washington e Bruxelas, continuam a acusar o regime de proteccionismo, enquanto as empresas estrangeiras no país continuam a reclamar de graves discriminações em relação aos grupos locais.

As empresas europeias "estão cansadas destas promessas e conhecem bem este discurso sobre compromissos nunca materializados", denunciava, em Setembro, a Câmara de Comércio da UE em Pequim, pedindo ao regime comunista para "passar das palavras aos actos concretos".

As companhias estrangeiras estão proibidas de aceder a vários sectores e em outros são obrigadas a associarem-se a um parceiro chinês, sendo forçadas a efectuar transferências de tecnologia para poder trabalhar na China.

No outono de 2013, o primeiro-ministro chinês, Li Kepiang, tinha prometido às empresas estrangeiras "um ambiente onde todos os actores teriam igual acesso à produção, ao mercado e à protecção legal", mas as reformas de abertura que apresentou não foram, na grande maioria, concretizadas.

Ao contrário, o regime chinês reforçou os grupos estatais, em alguns casos através de fusões para criar líderes e, por outro lado, para apoiar financeiramente aqueles que apresentavam problemas, ao mesmo tempo que fortaleceu o controlo do Estado sobre o sector privado.

No âmbito deste reforço, Pequim restringiu os investimentos no estrangeiro dos grandes grupos privados chineses, como Wanda (imobiliário, comércio e 'media'), Fosun (investimentos) ou Anbang (seguros), cujo endividamento foi considerado alarmante.
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