Notícia
China responde à UE e lança investigação a marcas de "brandy" europeias
A China lançou uma investigação "anti-dumping" a marcas europeias, numa tentativa de responder à investigação que a UE está a levar a cabo relativamente aos subsídidos a veículos elétricos chineses.
A China lançou uma investigação "anti-dumping" a bebidas alcoólicas feitas na União Europeia, a primeira retaliação depois de a UE ter anunciado também uma investigação aos subsídios a veículos elétricos fabricados na China.
A investigação, que Pequim diz ter tido origem numa queixa de uma associação de bebidas espirituosas do país, tem como principal alvo o conhaque francês - um produto de nicho na China, mas lucrativo para marcas como a Pernod Ricard e a Remy Cointreau.
Curiosamente, alerta a Bloomberg, França foi um dos principais apoiantes da UE aquando a decisão de lançar uma investigação aos subsídios a veículos elétricos chineses, dado ser um dos países mais expostos, devido às marcas Renault e do grupo Stellantis.
Em termos comparativos, no entanto, a diferença entre as duas indústrias é significativa. Até novembro de 2023, a China importou 1,57 mil milhões de dólares de bebidas espirituosas provenientes de uvas, ao passo que exportou 12,7 mil milhões de veículos elétricos no mesmo período.
Em reação a esta investigação, um porta-voz da Comissão Europeia refere que a UE está a avaliar a documentação e que vai intervir "de forma apropriada e em estreita cooperação com a indústria europeia".
Um grupo comercial para a indústria do conhaque, conhecido como BNIC (Bureau National Interprofessionnel du Cognac) afirmou que a investigação pelo governo chinês acontece no contexto de uma disputa entre a UE e a China e que estão "confiantes de que os produtos e as práticas comerciais estão em linha com as regulações chinesas e internacionais".
"França tem a maior exposição à investigação à indústria do brandy", disse à Bloomberg Bruce Pang, economista-chefe da Jones Lang LaSalle, acrescentando que "a China está a tentar colocar pressão no maior apoiante da investigação da UE aos veículos elétricos".
As notícias desta investigação levaram a Remy Cointreau a mergulhar 12,5% e a Pernod Ricard a desvalorizar 5,6%, ambas empresas que vendem conhaque na China sobre o nome de marcas como Remy Cointreau e Martell.
A investigação, que Pequim diz ter tido origem numa queixa de uma associação de bebidas espirituosas do país, tem como principal alvo o conhaque francês - um produto de nicho na China, mas lucrativo para marcas como a Pernod Ricard e a Remy Cointreau.
Em termos comparativos, no entanto, a diferença entre as duas indústrias é significativa. Até novembro de 2023, a China importou 1,57 mil milhões de dólares de bebidas espirituosas provenientes de uvas, ao passo que exportou 12,7 mil milhões de veículos elétricos no mesmo período.
Em reação a esta investigação, um porta-voz da Comissão Europeia refere que a UE está a avaliar a documentação e que vai intervir "de forma apropriada e em estreita cooperação com a indústria europeia".
Um grupo comercial para a indústria do conhaque, conhecido como BNIC (Bureau National Interprofessionnel du Cognac) afirmou que a investigação pelo governo chinês acontece no contexto de uma disputa entre a UE e a China e que estão "confiantes de que os produtos e as práticas comerciais estão em linha com as regulações chinesas e internacionais".
"França tem a maior exposição à investigação à indústria do brandy", disse à Bloomberg Bruce Pang, economista-chefe da Jones Lang LaSalle, acrescentando que "a China está a tentar colocar pressão no maior apoiante da investigação da UE aos veículos elétricos".
As notícias desta investigação levaram a Remy Cointreau a mergulhar 12,5% e a Pernod Ricard a desvalorizar 5,6%, ambas empresas que vendem conhaque na China sobre o nome de marcas como Remy Cointreau e Martell.