"O potencial de cooperação é enorme e gostaria que esta minha visita contribuísse para o reforço do relacionamento económico e empresarial entre os dois países", acentuou Cavaco Silva.

O Presidente português, que termina no domingo em Macau uma visita de uma semana à China, falava na sessão de encerramento de um seminário empresarial, organizado pela AICEP em Pequim, subordinado ao tema "Encontrar Parceiros para Negócios".

Apesar do recente abrandamento, a economia chinesa continua a crescer acima dos 7% (7,4% no primeiro trimestre deste ano) e, se continuar neste ritmo, dentro de uma década poderá ter o maior PIB mundial, ultrapassando o dos Estados Unidos da América.

"A China encontra-se numa imparável rota de desenvolvimento e pode encontrar em Portugal parcerias estratégicas que acrescentem massa crítica competitiva em terceiros mercados", precisou o Presidente português.

Cavaco Silva realçou que "Portugal, em segmentos de mercado específicos, situa-se hoje numa posição de vanguarda a nível mundial" e está "determinado a proporcionar a quem investe um ambiente empresarial estável e atractivo".

Um dos intervenientes no seminário foi Lin Chunxue, vice-presidente da China Three Gorges (CTG), empresa que se tornou o maior accionista da EDP em 2012, depois de ter pago ao Estado português 2,7 mil milhões de euros por 21,35% do capital da eléctrica portuguesa.

Lin Chunxue descreveu Portugal como "país ideal para investimento", realçando nomeadamente a sua "estabilidade politica", "ricos recursos humanos" e "primado da lei".

Antes da privatização da EDP, só havia duas empresas com "actividades substanciais" em Portugal, actualmente há dez, disse Liu Chunxie.

Antonio Mexia, presidente da EDP, considerou a parceria com a CTG "uma história de sucesso" e o início de um novo capitulo das relações económicas" entre Portugal e a China".

"Juntos, somos os líderes mundiais em capacidade instalada de energias limpas", afirmou.

A visita de Cavaco Silva à China, iniciada na segunda-feira em Xangai, é a primeira de um chefe de Estado português desde 2005.

O presidente português viaja com três ministros (Negócios Estrangeiros, Economia e Educação e Ciência) e responsáveis de oito universidades.

Uma centena de empresários - da banca, tecnologias de informação, industria farmacêutica, agro-alimentar e outros serviços - acompanham também o presidente.