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Venezuela volta aos cofres do banco central. Retira mais oito toneladas de ouro

O governo de Nicolás Maduro tem recorrido às reservas de ouro para fazer face às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra a Venezuela. Desde o início do ano, já vendeu cerca de 30 toneladas.

Cofina Media
09 de Abril de 2019 às 18:20
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O governo venezuelano voltou a recorrer aos cofres do Banco Central da Venezuela para fazer face às sanções que estão a ser aplicadas contra o país. Este mês, avança a Reuters, Nicolás Maduro ordenou a retirada de cerca de oito toneladas de ouro, que deverão ser vendidas ao exterior, de acordo com as informações transmitidas por um deputado da oposição e uma fonte governamental. A mesma quantidade do metal precioso já tinha sido retirada do banco central em fevereiro.

O objetivo, escreve a agência noticiosa financeira, volta a ser obter liquidez para fazer face às sanções impostas pelos Estados Unidos, que limitam o financiamento nos mercados internacionais e têm penalizado as contas públicas do país, impactadas também pela queda das exportações da petrolífera estatal PDVSA.

A venda de ouro tem sido a forma encontrada por Maduro para dar resposta a esta quebra de receitas. Desde o início deste ano, as reservas já caíram em 30 toneladas, deixando os cofres do banco central com cerca de 100 toneladas, avaliadas em mais de quatro mil milhões de dólares.

A manter-se este ritmo de vendas, as reservas poderão praticamente desaparecer até ao final deste ano, deixando o governo de Maduro sem meios para pagar importações de produtos básicos.

A estratégia está já na mira das autoridades norte-americanas, que, em janeiro, apelou aos compradores de ouro que parassem de fazer negócio com o governo venezuelano. A Venezuela chegou a suspender a venda de cerca de 15 toneladas nessa altura, mas, em fevereiro e março, retomou as operações de venda de ouro, em quantidades mais pequenas.
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