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Trump aponta China e Rússia como ameaças na estratégia de segurança nacional
O presidente dos Estados Unidos vai divulgar o seu primeiro documento de estratégia de segurança nacional, que apelida a China e a Rússia de "competidores" e inclui a Coreia do Norte, o Irão e os grupos militantes do Estado Islâmico na lista de ameaças.
O primeiro documento sobre a estratégia de segurança nacional da administração Trump aponta a China e a Rússia como ameaças, descrevendo os dois países como "competidores" e "potências revisionistas" que procuram desafiar o poder norte-americano e diminuir a segurança e prosperidade dos Estados Unidos.
"Estão determinados [a China e a Rússia] a tornar as economias menos livres e menos justas, a aumentar o seu poder militar e a controlar informações e dados para reprimir as suas sociedades e expandir a sua influência", refere o documento que será apresentado esta segunda-feira pelo presidente norte-americano.
De acordo com os excertos que foram divulgados pela Casa Branca, e que estão a ser citados pela Reuters, os dois países exigem que Washington repense a política seguida nas últimas décadas, baseada na crença que a cooperação com países rivais e a sua inclusão nas instituições internacionais de comércio global "os transforma em actores benignos e em parceiros confiáveis". "Em grande medida, esta premissa revelou-se falsa", acrescenta o documento.
A estratégia de segurança nacional, que resulta de meses de deliberações do presidente e dos seus conselheiros, não inclui as alterações climáticas na lista de ameaças à segurança do país, ao contrário do que aconteceu no documento elaborado por Barack Obama no ano passado.
Essa postura ficou patente na garantia do presidente Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, caso não sejam feitas alterações. "Os Estados Unidos continuarão a ter uma abordagem que equilibra segurança energética, desenvolvimento económico e protecção ambiental", diz o documento.
De acordo com a Reuters, um responsável da administração Trump referiu que a Rússia e a China estão a tentar transformar o status quo – a Rússia na Europa com as suas incursões militares na Ucrânia e Geórgia, e a China na Ásia com as suas reivindicações no Mar do Sul da China.
A estratégia que será revelada esta segunda-feira cita também a Coreia do Norte, o Irão e os grupos militantes do Estado Islâmico como ameaças aos interesses dos Estados Unidos. "À medida que os mísseis crescem em número, tipo e eficácia, são os meios mais prováveis para estados como a Coreia do Norte usarem uma arma nuclear contra os Estados Unidos. A Coreia do Norte também está a desenvolver armas químicas e biológicas que podem ser disseminadas através de mísseis", refere o documento.