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Presidente da China tenta reconfortar empresários norte-americanos

Uma plateia de mais de 650 empresários e gestores ouviu com atenção Xi Jinping, num jantar que marca a visita do chefe de Estado chinês aos Estados Unidos da América que durará cerca de uma semana.

Negócios 23 de Setembro de 2015 às 13:05
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A China não vai manipular a sua moeda para aumentar as exportações e não compactua com roubos comerciais, nem vai descriminar investidores estrangeiros, prometendo, ainda, abrir o mercado e fazer esforços para melhorar os direitos humanos.


Um rol de promessas feitas por Xi Jinping, presidente da China, no discurso que fez na terça-feira, 22 de Setembro, num jantar em Seattle, perante uma audiência de 650 empresários, entre eles Bill Gates, Satya Nadella, presidente executivo da Microsoft, entre outros.

A Reuters escreve que Xi Jinping teve de enfrentar uma audiência céptica, que quis acalmar. Há vários pontos de divergência entre os dois países e Xi Jinping endereçou-os.

Um deles tem a ver com as acusações dos Estados Unidos de que muitos dos ciberataques são realizadas via China, o que o país asiático tem negado. Xi Jinping mostrou-se disponível para em conjunto com a comunidade internacional colaborar para construir um ciberespaço seguro, aberto, pacífico e cooperativo. E assumiu que a China "está disponível para um diálogo profícuo". Xi Jinping diz mesmo que "o governo chinês não vai, sob qualquer forma, entrar em roubos comerciais, e 'atacar' (informaticamente) redes governamentais é um crime que deve ser punido de acordo com a lei e com os tratados internacionais relevante". Disse-o perante uma audiência com muitos gestores ligados às tecnologias.

Mas também de economia se falou. A China voltou a garantir não estar disponível para uma guerra comercial e cambial. "Se a China e os Estados Unidos cooperarem bem, podem tornar-se rochas da estabilidade global", mas "se entrarem em conflito ou confrontação, conduziria a um desastre para ambos os países e para o mundo".

À proeminente audiência, Xi Jinping ainda tentou acalmar as preocupações com a bolsa chinesa que, nos últimos meses, tem sofrido desvalorizações, algumas de grande impacto. E também por isso defendeu a intervenção que o seu governo fez. "O Governo deu passos para estabilizar o mercado e conter o pânico no mercado bolsista, o que evitou o risco sistémico", declarou.

Podem ter ou não acreditado nas suas palavras, mas arrancou-lhes palmas quando fez piadas, ao referir-se à sua campanha anticorrupção a nível governamental, que diz não ser como a série televisiva "House of Cards". Segundo a Reuters acabou, mesmo, aplaudido de pé. 


Xi Jinping discursou perante empresários, mas ainda vai ser recebido pelo presidente norte-americana Barack Obama na Casa Branca. Antes disso, vai visitar uma fábrica da Boeing, em Everett, Washington, onde são produzidos os 777 e o 787 Dreamliner, e onde o construtor aeronáutico vai anunciar a nova encomenda da China. Também esta quarta-feira terá um encontro com líderes tecnológicos, como Tim Cook, da Apple, Jeff Bezos, da Amazon, ou Satya Nadella da Microsoft e também Warren Buffett.


(Notícia actualizada às 16h15 com mais informações)

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