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Líder das FARC questiona Governo colombiano se "guerra continua" após 31 de Outubro

O chefe máximo das FARC, Rodrigo Londoño, reagiu ao anúncio do Presidente colombiano de que o cessar-fogo com a guerrilha acaba a 31 de Outubro perguntando se isso significa que "daí para a frente a guerra continua".

Reuters
05 de Outubro de 2016 às 07:43
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"Daí para a frente a guerra continua?", escreveu no Twitter Londoño, conhecido como Timochenko, que permanece em Havana com a equipa negociadora das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que participou durante os últimos quatro anos nos diálogos de paz mantidos na capital cubana com o Governo colombiano.

 

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (na foto), anunciou na terça-feira que o cessar-fogo com as FARC, em vigor desde 29 de Agosto, termina a 31 de Outubro, depois de o acordo de paz ter sido rejeitado em referendo de domingo passado.

 

Depois de ser conhecido o resultado do referendo, as FARC asseguraram que manteriam o cessar-fogo "bilateral e definitivo" e que a palavra seria a única arma de luta pela paz, uma postura que desde domingo foi várias vezes reiterada.

 

Noutra declaração difundida na segunda-feira nas redes sociais, o líder das FARC disse que o referendo "não tem qualquer efeito jurídico".

 

O Governo colombiano e as FARC assinaram a 26 de Setembro um acordo de paz histórico, prevendo a desmobilização dos 5.765 combatentes e a conversão da guerrilha em movimento político legal.

 

Para entrar em vigor, este texto de 297 páginas deveria ter sido aprovado pelos eleitores, uma consulta não obrigatória, mas desejada pelo Presidente, para dar "uma legitimidade maior" à paz.

 

Apesar de a maior parte das sondagens preverem a vitória do "sim", foi o "não" que ganhou, com 50,21% dos votos, contra 49,78%, num escrutínio em que a abstenção atingiu os 62%.

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