Notícia
Inflação da Venezuela ultrapassa os 9.500% em 2019
Segundo o BCV, os serviços de habitação registaram o maior aumento de 2019, com uma inflação de 22.045,50% e os de saúde 17.872,40%.
05 de Fevereiro de 2020 às 13:50
A Venezuela acumulou 9.585,5% de inflação em 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central da Venezuela (BCV), um valor superior aos 7.374,4% registados pela oposição venezuelana e divulgados há algumas semanas.
Segundo o BCV, os serviços de habitação registaram o maior aumento de 2019, com uma inflação de 22.045,50% e os de saúde 17.872,40%.
Por outro lado, o transporte aumentou 13.032,60% e os alimentos e bebidas não alcoólicas 7.981,40%.
Segundo a imprensa local, há pouco menos de seis meses e depois de três anos sem serem publicados dados oficiais, o BCV divulgou os dados correspondentes a 2018, quando oficialmente a inflação foi de 130.060,2%.
A falta de dados oficiais levou a Assembleia Nacional da Venezuela (parlamento, onde a oposição detém a maioria) a criar um índice de preços ao consumidor, que situou a inflação, em 2018, em 1.698.844,2%.
No entanto, em 13 de janeiro a Comissão de Finanças do Parlamento disse ter registrado, em 2019, uma inflação de 7.374,4%.
Vários economistas atribuem a alta inflação a políticas económicas erróneas implementadas pelo Executivo e à aplicação do modelo de socialismo do século XXI, bem como a uma queda na produção de petróleo, a principal fonte de ingressos do país, que passou de uma produção de quase dois milhões de barris diários para 700 mil barris diários.
O Governo venezuelano, por seu lado, desde há vários anos atribui a crise no país a uma "guerra económica" que se agrava com a imposição de sanções dos Estados Unidos, que bloqueiam o acesso a contas do país e limitam as capacidades financeiras e de negociação da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).
Segundo o BCV, os serviços de habitação registaram o maior aumento de 2019, com uma inflação de 22.045,50% e os de saúde 17.872,40%.
Segundo a imprensa local, há pouco menos de seis meses e depois de três anos sem serem publicados dados oficiais, o BCV divulgou os dados correspondentes a 2018, quando oficialmente a inflação foi de 130.060,2%.
A falta de dados oficiais levou a Assembleia Nacional da Venezuela (parlamento, onde a oposição detém a maioria) a criar um índice de preços ao consumidor, que situou a inflação, em 2018, em 1.698.844,2%.
No entanto, em 13 de janeiro a Comissão de Finanças do Parlamento disse ter registrado, em 2019, uma inflação de 7.374,4%.
Vários economistas atribuem a alta inflação a políticas económicas erróneas implementadas pelo Executivo e à aplicação do modelo de socialismo do século XXI, bem como a uma queda na produção de petróleo, a principal fonte de ingressos do país, que passou de uma produção de quase dois milhões de barris diários para 700 mil barris diários.
O Governo venezuelano, por seu lado, desde há vários anos atribui a crise no país a uma "guerra económica" que se agrava com a imposição de sanções dos Estados Unidos, que bloqueiam o acesso a contas do país e limitam as capacidades financeiras e de negociação da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).