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Fitch corta "rating" do Brasil para "lixo"

A Fitch é a segunda grande agência a colocar a notação financeira do Brasil no nível de "lixo". O real e a bolsa de São Paulo reagiram em queda.

Reuters
16 de Dezembro de 2015 às 15:43
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A Fitch Ratings reduziu a notação financeira do Brasil para BB+, tornando-se a segunda agência a colocar a classificação da dívida do país no nível de "lixo".

 

Além do corte de "rating", a Fitch manteve o "outlook" negativo, sinalizando que poderá efectuar ainda mais cortes à notação financeira da dívida soberana do país.

 

A 15 de Outubro a mesma agência tinha cortado o rating num nível, de "BBB" para "BBB-", tendo concretizado este novo corte menos de dois meses depois.

Já antes, a 9 de Setembro, a Standard & Poor’s tinha descido em um nível a notação soberana do Brasil de BBB- para BB+, tornando-se assim na primeira das três grandes agências a colocar o Brasil no "lixo".

Também a Moody’s poderá em breve adoptar a mesma decisão, pois a 10 de Dezembro colocou a classificação da dívida soberana do Brasil sob vigilância, com vista a uma possível degradação para a categoria de investimento especulativo.  

 

Com duas destas agências a classificar o Brasil na categoria e "lixo", aumenta a pressão para os investidores alienarem activos do país, uma vez que muitos investidores institucionais só investem em títulos de países que sejam classificados acima de lixo por pelo menos duas das grandes agências.

 

Na nota divulgada esta quarta-feira, a Fitch justifica o corte com a "recessão mais forte do que o esperado na economia brasileira", bem como pelos "desenvolvimentos negativos na frente orçamental". A agência cita ainda a "incerteza política" que se vive no Brasil e que pode penalizar ainda mais a capacidade do Governo em implementar medidas para estabilizar o crescimento do fardo da dívida".

 

Este corte de "rating" representa também mais um factor de pressão para Dilma Rousseff, que enfrenta uma ameaça de destituição.

 

A decisão da Fitch motivou perdas na bolsa do Brasil, com o índice Ibovespa a desvalorizar 1,3% e o real brasileiro a ceder 1,9%, com cada dólar a valer 3,9471 reais. De acordo com a Bloomberg, a moeda e a bolsa brasileira registam as quedas mais acentuadas na sessão desta quarta-feira entre os principais mercados mundiais.

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