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EUA vão transferir 15 prisioneiros de Guantanamo para os Emirados

Segundo a Reuters, trata-se de 12 cidadãos iemenitas e três com nacionalidade afegã, reduzindo assim para 61 o número de presos ainda na cadeia instalada na base naval norte-americana na baía de Guantanamo, Cuba.

Barack Obama – Estados Unidos – 356,1 mil euros
REUTERS
Negócios 16 de Agosto de 2016 às 00:18
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A administração norte-americana anunciou esta segunda-feira, 15 de Agosto, que 15 prisioneiros vão ser transferidos da cadeia da Baía de Guantanamo para os Emirados Árabes Unidos (EAU), naquela que é a maior transferência de detidos realizada durante a presidência de Obama.

 

Segundo a Reuters, trata-se de 12 cidadãos iemenitas e três com nacionalidade afegã, reduzindo assim para 61 o número de presos ainda na cadeia instalada na base naval norte-americana na baía de Guantanamo, Cuba.

 

Muitos dos detidos naquele estabelecimento criado durante a presidência de George W. Bush não tiveram ainda qualquer acusação deduzida, apesar de ali estarem em alguns casos há mais de dez anos. De acordo com uma fonte não identificada do Departamento de Estado, em Novembro passado os EAU já receberam cinco outros detidos de Guantanamo.

 

Um dos afegãos agora transferidos, identificado com Obaidullah, está há mais de 13 anos naquele estabelecimento. A Amnistia Internacional denuncia aquilo que diz ser a "possibilidade significativa" de que Guantanamo se mantenha como uma "prisão offshore" onde se podem deter pessoas "praticamente até à sua morte", afirma Naureen Shah, o responsável da organização nos EUA para a segurança e direitos humanos.

Barack Obama, que quando chegou à Casa Branca em 2009 prometeu fechar a prisão, continua a insistir nesse objectivo, nomeadamente através da transferência dos detidos que ainda ali permanecem para prisões de alta segurança no continente norte-americano. Uma medida que não sí enfrenta dilemas legais como tem entre os opositores muitos republicanos e vários democratas.

 

Para o enviado especial do Departamento de Estado encarregado de encerrar Guantanamo, Lee Wolosky, a  manutenção da prisão "enfraquece a nossa segurança nacional" ao consumir recursos e degradar a relação com os aliados.

Em Fevereiro Obama apresentou um plano que passava por colocar entre 30 e 60 detidos considerados muito perigosos em diferentes prisões domésticas – sendo que o Pentágono propõe 13 localizações potenciais -, e transferir os restantes presos para outros países.

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