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Economia dos EUA deverá crescer mais 0,75% com alívio das restrições às viagens

Economistas do banco ING prevêem que levantamento das restrições para viajantes vacinados contra a covid-19 vá impulsionar retoma nos Estados Unidos. Emprego e gastos dos turistas no país deverão aumentar.

Reuters
21 de Setembro de 2021 às 13:44
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O ritmo de crescimento dos Estados Unidos deverá acelerar mais 0,75% em 2022, com a decisão de aliviar as restrições de viagem para estrangeiros com vacinação completa. A conclusão é dos economistas do banco holandês ING, que dizem que a medida vai impulsionar também o emprego e fazer aumentar o dinheiro deixado pelos turistas no país. 

"[O fim das restrições de viagem] é uma ótima notícia para os setores da economia pressionados e deve acelerar novamente a recuperação do emprego nos Estados Unidos, enquanto aumenta o PIB em potencialmente mais de 3/4 de um ponto percentual", lê-se numa análise ao impacto da medida anunciada esta segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. 

A partir de novembro, os viajantes vindos da Europa, Brasil, China, Índia e África do Sul que tenham vacinação completa terão apenas de apresentar um comprovativo de vacinação para entrar nos Estados Unidos e um teste negativo feito três dias antes da viagem. A quarentena deixa assim de ser obrigatória para esses passageiros.

Segundo a análise do ING, o alívio das restrições vai contribuir para que os passageiros gastem mais cerca de 140 mil milhões de dólares (119,5 mil milhões de euros) nos Estados Unidos e é esperado que a economia norte-americana beneficie "em cerca de 0,6 pontos percentuais" com o dinheiro deixados pelos viajantes estrangeiros no país. 

A expectativa é que o número de estrangeiros no país regresse a valores pré-pandemia, em que foram contabilizados 79,4 milhões de viajantes de fora dos Estados Unidos e que os viajantes gastem dinheiro sobretudo em hotéis, restauração e entretenimento, que continuam a ser os mais penalizados na retoma económica. 

"A decisão [de aliviar as restrições] vai dar um grande impulso a esses setores, o que vai conduzir a mais empregos, maiores ganhos, mais consumo por parte desses trabalhadores e, o que é importante para o governo, mais receita tributária. Consequentemente, (...) poderá impulsionar a economia em mais de três quartos de um ponto percentual em 2022", defende o ING. 
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