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É o fim da era Trump. Colégio eleitoral confirma Biden na Casa Branca

A dupla Joe Biden e Kamala Harris acaba de ser formalizada na Presidência dos EUA, ao conseguir mais do que os 270 votos necessários dos 538 Grandes Eleitores. A 20 de janeiro toma posse a nova administração, com uma ex-presidente da Fed no Tesouro e uma especialista em China na pasta do Comércio.

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14 de Dezembro de 2020 às 22:41
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O Colégio Eleitoral confirmou formalmente esta segunda-feira, 14 de dezembro, a eleição de Joe Biden e de Kamala Harris como presidente e vice-presidente dos Estados Unidos da América, respetivamente, quase um mês e meio depois da votação popular que lhes garantiu 306 dos 538 delegados, bem mais do que os 270 que seriam necessários para derrotar Donald Trump.

 

No sistema americano, a chegada à Casa Branca é feita através deste sistema colegial, pelo qual são distribuídos os votos dos 50 estados e do distrito de Columbia mediante a população. Cada Grande Eleitor pode desrespeitar a indicação saída das urnas, embora isso nunca tenha alterado a principal vaga na Presidência. Foi o que aconteceu uma vez mais na votação que decorreu nas últimas horas por todo o país: os democratas conseguiram mais do que os 270 votos dos Grandes Eleitores quando a Califórnia confirmou os 55 votos para os democratas.

Aquilo que habitualmente é encarado como uma mera formalidade política, este ano foi acompanhado com redobrado interesse por um ataque sem precedentes ao processo democrático perpetrado nas últimas semanas pelo candidato derrotado. Sem apresentar provas concretas, o ainda presidente Donald Trump tentou travar na Justiça várias contagens de votos, continua a alegar fraude eleitoral e até pressionou responsáveis estatais para ignorar os resultados e declará-lo vencedor.

 

Os envelopes com os resultados agora apurados em cada estado vão ser contados pelo Congresso a 6 de janeiro de 2021, numa cerimónia presidida por Mike Pence, número dois de Trump, em que são igualmente empossados os novos congressistas. O líder republicano, que tinha dito que sairia de cena assim que o Colégio Eleitoral votasse em Biden, ainda tentará influenciar a não certificação da contagem. Porém, os democratas controlam a Câmara dos Representantes e vários senadores republicanos da ala moderada já reconheceram publicamente a derrota.

 
Quem são os rostos da administração Biden?

Em Washington DC, a cerimónia da tomada de posse do 46.º Presidente dos EUA está marcada para dia 20 de janeiro de 2021, às 12h locais (17h em Portugal continental). Para a nova administração, a equipa económica foi a primeira a ser apresentada, logo no início de dezembro, com a antiga presidente do Banco Central (Fed), Janet Yellen, como secretária do Tesouro, o equivalente a ministra das Finanças.

 

Na semana passada, a equipa de transição divulgou que para a área do Comércio vai ser nomeada Katherine Tai, uma advogada especializada em questões de comércio livre e na China. A americana de origem asiática apontada para o influente cargo no United States Trade Representative (USTR) fala fluentemente mandarim e nos últimos anos, perante as divergências com Pequim, defendeu os EUA na Organização Mundial do Comércio.

Já para chefiar o futuro Departamento de Defesa, o Presidente eleito deverá escolher o antigo general afro-americano Lloyd Austin, 67 anos, que combateu no Iraque e no Afeganistão antes de se tornar no primeiro negro a chefiar o Comando Central do Exército dos EUA (Centcom). Se for confirmado pelo Senado, Austin será o primeiro negro a liderar o Pentágono.
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