Notícia
Cimeira africana nos EUA ficou sem... africanos
As autoridades norte-americanas negaram vistos a 60 convidados africanos que deviam estar presentes na Cimeira Global Africana de Desenvolvimento Económico, organizada pela Universidade do Sul da Califórnia.
A controversa política de vistos do presidente norte-americano, Donald Trump, assim com as restrições à entrada de muçulmanos no país, já estão a fazer estragos. A Cimeira Global Africana de Desenvolvimento Económico, organizada pela Universidade do Sul Califórnia, ficou sem participantes depois das autoridades norte-americanas terem recusado vistos a 60 dos convidados.
Esta circunstância significa que foram negados vistos a todos os responsáveis africanos que haviam sido convidados a estar presente nesta iniciativa.
O caso é contado pelo The Guardian. Segundo o jornal inglês foram recusados vistos, entre outros, a convidados provenientes de Angola, Nigéria, Camarões, Etiópia, Serra Leoa, Guiné Conacri e África do Sul.
A recusa dos vistos foi revelada por Mary Flowers, organizadora deste evento, que pretende colocar em contacto "pessoas reais de ambos os continentes para que possam fazer negócios reais".
Flowers, em declarações ao The Guardian, diz que existe uma contradição nesta decisão. "Não podemos ter o Governo a dizer-nos para fazermos negócios com África e a seguir fechar-lhes a porta na cara. Não podemos sobreviver com um país virado apenas para si. Temos de operar globalmente, caso contrário não seremos poderosos".
Um porta-voz do departamento de Estado norte-americano, contactado pelo jornal inglês, recusou-se a comentário este caso, limitando-se a afirmar que não se podem fazer especulações "sobre as circunstâncias em que é negado um visto de entrada nos EUA a alguém".