Notícia
Bolsonaro diz que o Brasil tem de fazer reformas ou arrisca-se a virar a Venezuela
Em entrevista à Bloomberg, em Davos, o presidente brasileiro voltou a defender a sua agenda de reformas para promover a recuperação económica e evitar que o Brasil se torne num regime ao estilo da Venezuela.
23 de Janeiro de 2019 às 13:11
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro reiterou esta quarta-feira, 23 de janeiro, a sua promessa de implementar medidas rápidas e abrangentes para recuperar a economia do Brasil e impedir que a maior nação da América Latina se torne num regime como a Venezuela.
Em entrevista à Bloomberg, em Davos, na Suíça, Bolsonaro garantiu que os planos para vender uma série de empresas públicas estão "quase prontos" assim como a proposta de reforma da Segurança Social a ser enviada ao Congresso, que contempla cortes "substanciais" nas pensões e uma idade mínima para a reforma.
Segundo o chefe de Estado, a aprovação da proposta é praticamente "certa" até porque a situação financeira do Brasil não oferece alternativa.
"Há uma consciência no Brasil de que as reformas são vitais para as entidades federais continuarem a funcionar", afirmou Bolsonaro. "O Brasil tem de dar certo. Se não, a esquerda vai voltar e não saberemos o destino do Brasil, talvez se torne mais parecido com o regime que temos na Venezuela".
Com os investidores empolgados com a perspetiva de um Brasil "amigo" do mercado, o novo presidente discursou na terça-feira, na abertura do Fórum Económico Mundial, numa sala de conferências lotada, e prometeu cortar impostos e reduzir a burocracia para tornar o país num dos 50 melhores no que toca à facilidade em fazer negócios.
Ainda que o potencial da economia brasileira tenha aumentado o interesse na venda de ativos do Estado, os investidores começam agora a exigir mais detalhes ao governo sobre os seus planos para a recuperação da economia. Nos últimos dias, começaram a ser conhecidos alguns dos planos de privatização, mas a reforma da Segurança Social – há muito aguardada devido ao seu potencial para baixar o défice orçamental - só será apresentada ao Congresso em meados de fevereiro, podendo demorar meses a ser aprovada.
Na mesma entrevista, o presidente brasileiro disse ainda que estão a ser feitos esforços no sentido de modernizar o bloco comercial sul-americano Mercosul e permitir que o Brasil procure acordos comerciais separados. "Um país do tamanho do Brasil não pode ser travado pelo Mercosul e deixar de fazer comércio com o resto do mundo", disse Bolsonaro.
O antigo militar, que fez a sua primeira viagem ao exterior enquanto presidente na deslocação a Davos, viu a sua participação no Fórum ensombrada nos meios de comunicação brasileiros pelas alegações de irregularidades financeiras que envolvem o seu filho mais velho, Flavio Bolsonaro, que arriscam minar a agenda anticorrupção do presidente e alienar a sua base de apoio.
"Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento, enquanto pai, mas ele terá de pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar", disse Bolsonaro.
Em entrevista à Bloomberg, em Davos, na Suíça, Bolsonaro garantiu que os planos para vender uma série de empresas públicas estão "quase prontos" assim como a proposta de reforma da Segurança Social a ser enviada ao Congresso, que contempla cortes "substanciais" nas pensões e uma idade mínima para a reforma.
"Há uma consciência no Brasil de que as reformas são vitais para as entidades federais continuarem a funcionar", afirmou Bolsonaro. "O Brasil tem de dar certo. Se não, a esquerda vai voltar e não saberemos o destino do Brasil, talvez se torne mais parecido com o regime que temos na Venezuela".
Com os investidores empolgados com a perspetiva de um Brasil "amigo" do mercado, o novo presidente discursou na terça-feira, na abertura do Fórum Económico Mundial, numa sala de conferências lotada, e prometeu cortar impostos e reduzir a burocracia para tornar o país num dos 50 melhores no que toca à facilidade em fazer negócios.
Ainda que o potencial da economia brasileira tenha aumentado o interesse na venda de ativos do Estado, os investidores começam agora a exigir mais detalhes ao governo sobre os seus planos para a recuperação da economia. Nos últimos dias, começaram a ser conhecidos alguns dos planos de privatização, mas a reforma da Segurança Social – há muito aguardada devido ao seu potencial para baixar o défice orçamental - só será apresentada ao Congresso em meados de fevereiro, podendo demorar meses a ser aprovada.
Na mesma entrevista, o presidente brasileiro disse ainda que estão a ser feitos esforços no sentido de modernizar o bloco comercial sul-americano Mercosul e permitir que o Brasil procure acordos comerciais separados. "Um país do tamanho do Brasil não pode ser travado pelo Mercosul e deixar de fazer comércio com o resto do mundo", disse Bolsonaro.
O antigo militar, que fez a sua primeira viagem ao exterior enquanto presidente na deslocação a Davos, viu a sua participação no Fórum ensombrada nos meios de comunicação brasileiros pelas alegações de irregularidades financeiras que envolvem o seu filho mais velho, Flavio Bolsonaro, que arriscam minar a agenda anticorrupção do presidente e alienar a sua base de apoio.
"Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento, enquanto pai, mas ele terá de pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar", disse Bolsonaro.