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Bancos em Angola e Nigéria são os mais expostos às alterações climatéricas, diz Moody's

"Os bancos em África enfrentam um risco ambiental através dos seus empréstimos aos setores sensíveis ao ambiente, mas também devido às vulnerabilidades que surgem devido à grande concentração de títulos do Governo", sublinha a Moody's.

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22 de Março de 2021 às 23:51
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A agência de 'rating' Moody's disse hoje que os bancos em Angola e Nigéria são os mais suscetíveis de serem afetados pela alta concentração de clientes cujos negócios são sensíveis às alterações climatéricas.

"Os bancos em África enfrentam um risco ambiental através dos seus empréstimos aos setores sensíveis ao ambiente, mas também devido às vulnerabilidades que surgem devido à grande concentração de títulos do Governo", lê-se num relatório divulgado esta noite.

A exposição a fatores ambientais é um dos pontos analisados pelas agências de 'rating' quando decidem a opinião sobre a qualidade do crédito soberano de um país, o que faz com que a Moody's anteveja que "os fatores ambientais levem a uma deterioração da qualidade de crédito e rentabilidade dos bancos a longo prazo se não tomarem medidas para gerir os riscos ambientais e relacionados com o ambiente".

As principais indústrias africanas, como o petróleo e gás, minérios e transporte, "enfrentam riscos ambientais elevados, dada a sua exposição inerente à transição energética e aos riscos sobre o clima", aponta-se no relatório.

"Os riscos são exacerbados pela enorme exposição a títulos de dívida soberana, particularmente para os bancos angolanos e nigerianos", aponta-se no documento, que diz que a exposição média dos 49 bancos angolanos analisados é de 15 a 35% dos ativos totais, enquanto nas economias avançadas este valor não chega aos 10%.

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