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Venezuela e Angola assinam acordo para explorar minas de diamantes
A Venezuela e a Angola assinaram na quinta-feira, em Caracas, dois memorandos de entendimento para desenvolver a extracção de diamantes em território venezuelano.
O primeiro acordo foi assinado pelo presidente do Banco Central da Venezuela, Ricardo Sanguino, e o representante da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), António Carlos Sumbula.
Este acordo contempla a cooperação para a formação de mineiros profissionais venezuelanos na produção de diamantes, a nível artesanal, semi-industrial e industrial, de acordo com informação oficial.
O documento abrange a optimização de processos de comercialização de diamantes em bruto, lapidação, organização, tramitação e dinamização de procedimentos com base no Sistema de Certificação do Processo Kimberley, que controla as exportações de diamantes e a comercialização legal no mercado internacional.
Este acordo inclui a abertura de um escritório do Processo Kimberley, supervisionado pelo Banco Central da Venezuela.
A Endiama e o ministro para o Desenvolvimento Mineiro Ecológico venezuelano, Jorge Arreaza, assinaram um memorando de entendimento para promover a criação de uma empresa mista, com capitais dos dois países, para a exploração de diamantes, ouro, coltan [columbite-tantalita, minérios usados no fabrico de microprocessadores, microcircuitos e baterias], e promover o desenvolvimento do Arco Mineiro da Venezuela, a sudeste de Caracas.
Desde 2015 que Luanda e Caracas estão a negociar o desenvolvimento da exploração mineira na Venezuela.