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Marcelo sobre Portugal-Angola: devemos criar uma "cumplicidade estratégica"

O Presidente português defendeu esta quinta-feira que o sucesso de Angola é o de Portugal, que os dois países estão condenados a estarem juntos e devem aproveitar esta oportunidade para estabelecer "uma cumplicidade estratégica".

Pedro Catarino/Correio da Manhã
22 de Novembro de 2018 às 23:21
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Marcelo Rebelo de Sousa deixou estas mensagens num jantar em honra do Presidente angolano, João Lourenço, e da sua mulher, Ana Dias Lourenço, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, num discurso que dividiu em dois, um "da razão" e outro "do coração".

 

Na sua intervenção, de cerca de nove minutos, divulgada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado português reiterou a ideia de que a visita de João Lourenço a Portugal dá início a "um novo ciclo" na vida dos dois Estados e povos.

 

Começando pelo "discurso da razão", o Presidente português argumentou que a "evidência dos factos" recomenda uma "ampliada cooperação" bilateral no plano global, com destaque para a Organização das Nações Unidas (ONU), liderada por António Guterres, onde, referiu, ambos os países querem ver a língua portuguesa "reconhecida como oficial".

 

Marcelo Rebelo de Sousa destacou, igualmente, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), antevendo uma "decisiva presidência angolana", a partir de 2020.

 

"Este momento pode ser único para mais, muito mais, do que uma parceria especial. Para uma cumplicidade estratégica, ditada por uma sábia lucidez e uma fria percepção da realidade, cada qual sendo o que é, no seu caminho, avesso a exclusivos ou predomínios de qualquer natureza", sustentou.

 

No seu entender, não se deve "desperdiçar um horizonte que pode ser irrepetível" para essa convergência. Neste contexto, afirmou: "O vosso sucesso é o nosso sucesso. Tal como temos a certeza de que o nosso sucesso é sentido também como vosso sucesso".

 

Em seguida, no "discurso do coração", o chefe de Estado português descreveu angolanos e portugueses como dois povos que bem podem "prometer rupturas eternas", mas logo estão a "penar de saudade" e "a sofrer mais com as tragédias, a vibrar mais com as vitórias" uns dos outros. "Somos assim os dois, sem cura já para esse mal que nos condena a estarmos juntos", alegou.

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