Notícia
Inflação anual em Angola supera os 35%
Os preços em Luanda subiram 35,3% nos últimos 12 meses, até Julho, renovando máximos históricos, próximos da nova previsão do Governo angolano para todo o ano de 2016.
A informação consta do relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, que destaca que a inflação estava em Julho de 2016, face ao mês anterior, 4,04% mais alta.
Neste relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC), Luanda apresentou aumentos, no espaço de um mês, nas classes "Saúde", com 6,86%, na "Alimentação e bebidas não alcoólicas", com 5,94%, nos "Bens e serviços diversos", com 4,94%, e nas "bebidas alcoólicas e tabaco", com 3,85%.
No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo angolano prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, Janeiro a Dezembro) de 11%, enquanto a revisão do documento, com votação na generalidade agendada para a próxima segunda-feira, na Assembleia Nacional, já eleva essa previsão a 38,5%.
Desde praticamente Setembro de 2014 que a inflação em Luanda não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de crude, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionalizar as vendas.
Luanda é considerada em estudos internacionais como uma das capitais mais caras do mundo.
Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) - o INE não divulga dados agregados para um ano para todo o país - registou uma variação de 4,26% entre Junho e Julho.
Em todo o país, as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias da Lunda Norte (6,54%), Cunene (5,86%) e Uíge (5,85%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias da Huíla (3,68%), Huambo (3,86%) e do Bié (4,03%).