Notícia
Empresário Sindika Dokolo envia 200 toneladas de apoio a refugiados no leste de Angola
O empresário e coleccionador de arte Sindika Dokolo, marido da angolana Isabel dos Santos, anunciou hoje a entrega de 200 toneladas de arroz, óleo e farinha aos refugiados da República Democrática do Congo que fugiram para o leste de Angola.
31 de Maio de 2017 às 12:13
A doação foi feita através da Fundação Sindika Dokolo, que o empresário de nacionalidade congolesa criou em Luanda, destinada à recuperação e preservação da arte africana.
"Estou chocado e amargurado de ver a barbárie que alguns dos refugiados provenientes do Congo [República Democrática do Congo, RDCongo] sofreram. Sendo congolês e tendo crescido no Congo, não suporto ver a degradação das nossas populações e o jogo mórbida dos políticos de Kinshasa", escreveu o empresário, casado com a filha do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
As autoridades estimam que mais de 25.000 refugiados da RDCongo tenham fugido desde Abril para a Lunda Norte, no leste de Angola, para escapar aos violentos conflitos étnico-políticos na região do Kasai.
A doação é descrita pelo empresário Sindika Dokolo como uma "gota de água no oceano das necessidades", mas também como um "gesto de fraternidade e solidariedade" para com os "irmãos, irmãs e filhos da RDCongo".
Só o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está a prestar assistência a 9.000 crianças refugiadas da RDCongo, 200 das quais chegaram sozinhas a território angolano e a necessitar de ajuda urgente, fugindo das acções das milícias congolesas.
Um comunicado daquela organização, de segunda-feira, refere que as 9.000 crianças estão distribuídas por dois centros de acolhimento temporários no Dundo, capital da província angolana da Lunda Norte.
Com o apoio das autoridades provinciais e outros parceiros, aquela agência das Nações Unidas refere que tem prestado ajuda a essas crianças e respectivas famílias, que estão a chegar aos centros depois de dias ou semanas a viajar a pé, feridas por balas ou catanas, e a testemunharem "ataques violentos".
As acções da organização estão viradas para a garantia de serviços de saúde, água e saneamento, a vacinação das crianças contra o sarampo, medida "crucial para reduzir o risco de surtos".
Além destas acções, a UNICEF está a treinar assistentes sociais para proceder ao registo de 200 crianças, que se encontram sem a companhia dos seus familiares, fundamental para a sua segurança e protecção contra o tráfico, abuso e exploração infantil.
"Por outro lado, através do registo de crianças, há uma maior probabilidade de conseguir reuni-las com as suas famílias", refere a nota.
Para o representante do UNICEF em Angola, Abubacar Sultan, "reunir estas crianças com as respectivas famílias é uma prioridade".
Como ajuda adicional ao apelo feito pelo Governo angolano, a organização tem fornecido às autoridades da Lunda Norte materiais para apoiar as famílias acolhidas nos dois centros.
Neste apoio estão incluídos materiais de tratamento e purificação de água, 'kits' de reintegração familiar, educacionais e de recreação, medicamentos contra a malária e doenças diarreicas, tendas, cobertores, bem como cartazes e folhetos de prevenção de doenças.
O fornecimento diário de água potável nos campos, a instalação de tanques e o teste da qualidade da água, para a prevenção de doenças transmitidas por meio desta são outras ajudas prestadas.
"Estou chocado e amargurado de ver a barbárie que alguns dos refugiados provenientes do Congo [República Democrática do Congo, RDCongo] sofreram. Sendo congolês e tendo crescido no Congo, não suporto ver a degradação das nossas populações e o jogo mórbida dos políticos de Kinshasa", escreveu o empresário, casado com a filha do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
A doação é descrita pelo empresário Sindika Dokolo como uma "gota de água no oceano das necessidades", mas também como um "gesto de fraternidade e solidariedade" para com os "irmãos, irmãs e filhos da RDCongo".
Só o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está a prestar assistência a 9.000 crianças refugiadas da RDCongo, 200 das quais chegaram sozinhas a território angolano e a necessitar de ajuda urgente, fugindo das acções das milícias congolesas.
Um comunicado daquela organização, de segunda-feira, refere que as 9.000 crianças estão distribuídas por dois centros de acolhimento temporários no Dundo, capital da província angolana da Lunda Norte.
Com o apoio das autoridades provinciais e outros parceiros, aquela agência das Nações Unidas refere que tem prestado ajuda a essas crianças e respectivas famílias, que estão a chegar aos centros depois de dias ou semanas a viajar a pé, feridas por balas ou catanas, e a testemunharem "ataques violentos".
As acções da organização estão viradas para a garantia de serviços de saúde, água e saneamento, a vacinação das crianças contra o sarampo, medida "crucial para reduzir o risco de surtos".
Além destas acções, a UNICEF está a treinar assistentes sociais para proceder ao registo de 200 crianças, que se encontram sem a companhia dos seus familiares, fundamental para a sua segurança e protecção contra o tráfico, abuso e exploração infantil.
"Por outro lado, através do registo de crianças, há uma maior probabilidade de conseguir reuni-las com as suas famílias", refere a nota.
Para o representante do UNICEF em Angola, Abubacar Sultan, "reunir estas crianças com as respectivas famílias é uma prioridade".
Como ajuda adicional ao apelo feito pelo Governo angolano, a organização tem fornecido às autoridades da Lunda Norte materiais para apoiar as famílias acolhidas nos dois centros.
Neste apoio estão incluídos materiais de tratamento e purificação de água, 'kits' de reintegração familiar, educacionais e de recreação, medicamentos contra a malária e doenças diarreicas, tendas, cobertores, bem como cartazes e folhetos de prevenção de doenças.
O fornecimento diário de água potável nos campos, a instalação de tanques e o teste da qualidade da água, para a prevenção de doenças transmitidas por meio desta são outras ajudas prestadas.