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Marido de Isabel dos Santos condenado a um ano de prisão no Congo

Sindika Dokolo foi condenado a um ano de prisão por um tribunal da República Democrática do Congo. O empresário, marido de Isabel dos Santos, diz que a sentença tem motivações políticas, porque tem sido um crítico do presidente daquele país.

Miguel Baltazar
13 de Julho de 2017 às 10:43
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Sindika Dokolo foi condenado por um tribunal congolês a um ano de prisão por fraude imobiliária. A informação foi avançada pelo próprio marido de Isabel dos Santos, o qual diz que esta sentença tem motivações políticas.

Sindika Dokolo, congolês, tem-se assumido com um forte crítico do presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, cujo mandato terminou a 20 Dezembro, mas decidiu manter-se no cargo, aprofundando ainda mais a crise política que se vive no país.

O empresário e coleccionador de arte africana, em declarações à agência Reuters, não tem dúvidas em classificar esta sentença, proferida à revelia por um tribunal de Kinshasa (capital da RDC), como tendo uma natureza polítca. "Esta condenação é tão grosseira. Parece que Kabila e a ANR (serviço de inteligência) já nem estão preocupados com as aparências" disse Sindika Dokolo, acrescentando que já havia sido absolvido no mesmo caso.

Após ter tido conhecimento da sentença, na quarta-feira, 12 de Julho, Sindika Dokolo escreveu na sua conta de Twitter: "Acabei de inaugurar uma fábrica de 400 milhões de dólares. Kabila condenou-me a um ano de prisão por um terreno".

Ainda no mesmo dia e também no Twitter, Sindika Dokolo publicou uma fotografia onde aparece na companhia de João Lourenço, candidato do MPLA a presidente da República de Angola com o seguinte comentário: "Uma troca fraternal de opiniões com o general João Lourenço, candidato do MPLA às presidências de Agosto. Um profundo conhecedor do dossiê RDC".

As relações entre Angola e a República Democrática do Congo deterioram-se no ano passado, devido à instabilidade política que se vive neste país e que se traduz numa fuga massiva de refugiados congoleses (mais de 30 mil) que procuraram refúgio na fronteira angolana.   

Em Maio deste ano, numa entrevista à La Libre, Sindika Dokolo comentava assim a situação no seu país natal: "Já não consigo suportar a barbárie que se vive no Congo".   

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