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Autoridades angolanas vão pedir transferência do processo de Manuel Vicente para Angola
O pedido formal das autoridades angolanas será enviado para Portugal nos próximos dias, revelou Luís Marques Mendes na SIC.
Manuel Vicente, que é acusado em Portugal no âmbito da operação Fizz, escreveu a 19 de Janeiro uma carta à PGR de Angola, onde pede formalmente que o processo seja transferido para Angola, onde possa ser julgado.
A informação foi avançada por Luís Marques Mendes, no seu habitual comentário semanal na SIC, onde o ex-líder do PSD revela que na sequência desta carta de Manuel Vicente, "nos próximos dias chegará formalmente a Portugal um pedido das autoridades angolanas para o processo ser transferido para Angola".
De acordo com Marques Mendes, apesar de as autoridades angolanas terem já vindo a defender que o julgamento de Manuel Vicente seja transferido para Angola, até agora nunca houve um pedido formal nesse sentido.
O Ministério Público emitiu um mandato de detenção de Manuel Vicente com o objectivo de o notificar da sua condição de arguido no âmbito da Operação Fizz, pelo facto de acredita que o ex-vice presidente de Angola estaria em Portugal este fim-de-semana.
A defesa de Manuel Vicente na Operação Fizz assegurou que "não tem qualquer verdade" a informação da PSP sobre uma possível viagem do ex-vice-presidente angolano a Portugal e estranhou que o Ministério Público tenha agido com base na mesma.
Sobre estes mandados do Ministério Público, Marques Mendes considerou que foi um "tiro ao lado das autoridades portugueses" e "não havia necessidade de um falhanço tão acentuado".
No primeiro dia do julgamento da Operação Fizz, a 25 de Janeiro, foi determinado pelo colectivo de juízes separar o processo que envolve Manuel Vicente, acusado de corrupção activa e branqueamento de capitais, do outro caso que está a ser julgado e que tem como principal arguido o ex-procurador Orlando Figueira, acusado de ter sido corrompido pelo antigo vice-presidente angolano, para que arquivasse inquéritos em que este era visado.