Notícia
Angola pede ajuda a Espanha para edificar economia cada vez mais sólida
O ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola pediu hoje ajuda a Espanha para edificar uma economia cada vez mais sólida, realçando o interesse de um papel mais ativo do setor privado.
08 de Abril de 2021 às 13:59
Manuel Nunes Júnior, que discursava no Fórum Empresarial Angola/Espanha, organizado no âmbito da visita que realiza hoje ao país o Presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, disse que o país pretende acabar com a grande dependência do petróleo.
"Nós queremos mudar definitivamente a estrutura económica de Angola, de modo a termos uma economia mais diversificada, uma economia em que o setor privado passe a ter um papel mais ativo no desempenho da economia angolana e que com a sua ação diminua o peso do setor dos petróleos no Produto Interno Bruto de Angola", disse.
O governante angolano convidou as empresas espanholas a investirem nos setores da agricultura, indústria, pescas, turismo, construção e outras áreas que ajudem a diversificar as fontes de rendimento de Angola.
Segundo Manuel Nunes Júnior, a diversificação da economia é o grande desafio que o país está a enfrentar, sendo necessário instaurar "a confiança" na economia angolana, um fator "fundamental".
"A confiança nas instituições e nos negócios é um elemento fundamental para o funcionamento das economias e das sociedades modernas. Pode-se mesmo dizer que onde não há confiança não há investimentos em níveis adequados", disse, lembrando que já foram dados passos muito importantes pelo país, no sentido de restaurar a confiança entre os agentes económicos no mercado angolano.
Manuel Nunes Júnior referiu que foram dados passos importantes, em 2020, relativamente à dívida externa do país, com o seu reperfilamento, para torná-la sustentável e criar melhor espaço de tesouraria para fazer face às grandes necessidades do país.
Angola aderiu à iniciativa de suspensão do serviço da dívida, proposta pelo G20, e negociou com os seus principais credores, que no conjunto representam cerca de 55.2% do serviço da dívida externa termos favoráveis para o serviço da dívida remanescente, informou.
"Este reperfilamento da dívida com credores externos vai permitir o adiamento do pagamento de parte do serviço da dívida até 2023, prevendo-se com isso a criação de um espaço fiscal de aproximadamente seis mil milhões de dólares [cinco mil milhões de euros] nos próximos dois anos", salientou.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica frisou que para aproveitar este intervalo, o país deve fazer esforços para sair da situação de recessão económica que se encontra há já cinco anos e entrar para um cenário de retoma do crescimento económico.
Manuel Nunes Júnior destacou que está em curso no país, desde 2019, a implementação do programa de privatizações, que envolve 150 ativos, dos quais 39 foram já alienados até à presente data, apresentando os resultados que confirmam que o mesmo deve continuar a ser executado com rigor.
Para este ano, perspetiva-se a privatização de um conjunto variado de ativos, que inclui empresas do setor bancário, seguradora, telecomunicações, hotelaria e turismo, indústria, distribuição de combustível e várias participações da Sonangol na prestação de serviços da indústria petrolífera.
"Está aqui uma grande oportunidade para uma cooperação frutífera e de elevada rentabilidade entre empresários angolanos e espanhóis que certamente beneficiarão as economias dos dois países", referiu.
"Queremos que a Espanha nos ajude a edificar uma economia cada vez menos dependente do petróleo, uma economia que cresça de modo sustentado e sustentável, uma economia que gere cada vez mais empregos e eleve os rendimentos dos cidadãos angolanos, que permita combater a fome e a pobreza em Angola e que consiga elevar cada vez mais os padrões de vida dos angolanos. Nós contamos com a Espanha", apelou.
Pedro Sánchez realiza hoje uma visita a Angola, durante a qual vai reunir-se com o Presidente angolano, João Lourenço.
"Nós queremos mudar definitivamente a estrutura económica de Angola, de modo a termos uma economia mais diversificada, uma economia em que o setor privado passe a ter um papel mais ativo no desempenho da economia angolana e que com a sua ação diminua o peso do setor dos petróleos no Produto Interno Bruto de Angola", disse.
Segundo Manuel Nunes Júnior, a diversificação da economia é o grande desafio que o país está a enfrentar, sendo necessário instaurar "a confiança" na economia angolana, um fator "fundamental".
"A confiança nas instituições e nos negócios é um elemento fundamental para o funcionamento das economias e das sociedades modernas. Pode-se mesmo dizer que onde não há confiança não há investimentos em níveis adequados", disse, lembrando que já foram dados passos muito importantes pelo país, no sentido de restaurar a confiança entre os agentes económicos no mercado angolano.
Manuel Nunes Júnior referiu que foram dados passos importantes, em 2020, relativamente à dívida externa do país, com o seu reperfilamento, para torná-la sustentável e criar melhor espaço de tesouraria para fazer face às grandes necessidades do país.
Angola aderiu à iniciativa de suspensão do serviço da dívida, proposta pelo G20, e negociou com os seus principais credores, que no conjunto representam cerca de 55.2% do serviço da dívida externa termos favoráveis para o serviço da dívida remanescente, informou.
"Este reperfilamento da dívida com credores externos vai permitir o adiamento do pagamento de parte do serviço da dívida até 2023, prevendo-se com isso a criação de um espaço fiscal de aproximadamente seis mil milhões de dólares [cinco mil milhões de euros] nos próximos dois anos", salientou.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica frisou que para aproveitar este intervalo, o país deve fazer esforços para sair da situação de recessão económica que se encontra há já cinco anos e entrar para um cenário de retoma do crescimento económico.
Manuel Nunes Júnior destacou que está em curso no país, desde 2019, a implementação do programa de privatizações, que envolve 150 ativos, dos quais 39 foram já alienados até à presente data, apresentando os resultados que confirmam que o mesmo deve continuar a ser executado com rigor.
Para este ano, perspetiva-se a privatização de um conjunto variado de ativos, que inclui empresas do setor bancário, seguradora, telecomunicações, hotelaria e turismo, indústria, distribuição de combustível e várias participações da Sonangol na prestação de serviços da indústria petrolífera.
"Está aqui uma grande oportunidade para uma cooperação frutífera e de elevada rentabilidade entre empresários angolanos e espanhóis que certamente beneficiarão as economias dos dois países", referiu.
"Queremos que a Espanha nos ajude a edificar uma economia cada vez menos dependente do petróleo, uma economia que cresça de modo sustentado e sustentável, uma economia que gere cada vez mais empregos e eleve os rendimentos dos cidadãos angolanos, que permita combater a fome e a pobreza em Angola e que consiga elevar cada vez mais os padrões de vida dos angolanos. Nós contamos com a Espanha", apelou.
Pedro Sánchez realiza hoje uma visita a Angola, durante a qual vai reunir-se com o Presidente angolano, João Lourenço.