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Tribunais de proximidade vão fazer julgamentos cíveis

Depois dos julgamentos em processos crime, os tribunais de proximidade vão passar também a ter julgamentos de cível em causas de valor até 50 mil euros, anunciou esta quinta-feira a ministra da Justiça.

Francisca Van Dunem - Justiça: Caiu literalmente nos Passos Perdidos, numa das suas primeiras idas ao Parlamento, e os milhares de partilhas desse vídeo nas redes sociais podem ter ajudado a ministra da Justiça, que se distingue também por ser a primeira mulher negra num Governo, a estar no “top 5” dos mais lembrados pelo eleitorado. A governante que a 2 de Março apresentou um conjunto de 120 medidas para modernizar e aproximar a justiça dos cidadãos, é também uma das mais bem cotadas – é a melhor para 6,5% – e apenas “ré” para 0,8% dos inquiridos.
Miguel Baltazar
26 de Julho de 2018 às 15:04
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O Governo aprovou uma proposta de lei que altera a lei de organização do sistema judicial e prevê que os tribunais de proximidade possam passar também a realizar julgamentos de natureza cível, anunciou Francisca Van Dunem esta quinta-feira na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do Executivo.

 

Em 2016, durante o primeiro ano de Governo, 20 dos tribunais que haviam sido encerrados durante o anterior Governo foram reabertos e os juízos de proximidade passaram a poder praticar actos judiciais, entre os quais a realização de julgamentos em matéria criminal nos casos em que os crimes em causa não envolvessem penas de prisão acima de cinco anos.

 

Desde então, afirmou a ministra, realizaram-se aí "mais de 2.000 julgamentos" e o balanço é positivo: "a experiência correu bem e verificou-se uma aproximação da justiça aos cidadãos", disse, Francisca Van Dunem.

 

A ideia agora é alargar os actos que podem ser praticados nestes tribunais, permitindo também a realização de julgamentos em matéria cível desde que o valor da causa não ultrapasse os 50 mil euros.

 

Proposta de lei que prevê que os julgamentos de natureza cível possam também realizar-se nos tribunais de proximidade. "Conseguimos assim nas duas dimensões fundamentais no quotidiano da vida das pessoas aproximar a justiça dos tribunais", sublinhou a governante.

 

A proposta de lei segue agora para o Parlamento, onde terá ainda de ser discutida pelos deputados e ser aprovada.

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