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Operação Marquês: MP acredita que houve mais banqueiros a receber luvas

O Ministério Público tem suspeitas de que, além de Salgado e Vara, outras pessoas com responsabilidades na banca terão recebido comissões ilegais na concessão de crédito bancário, escreve esta quarta-feira, 29 de Março, o Diário de Notícias.

Sérgio Lemos / Correio da Manhã
29 de Março de 2017 às 08:44
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As suspeitas terão surgido durante a investigação da Operação Marquês, mas estarão em causa "pessoas distintas" daquelas que foram já constituídas arguidas, noticia o Diário de Notícias. Segundo o jornal, estão em causa crimes de burla qualificada, praticados por pessoas com responsabilidades em instituições financeiras e na concessão de crédito.

 

As suspeitas surgiram na sequência dos últimos dados enviados para o Ministério Público pela Suíça no âmbito da Operação Marquês, em que é arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas também Ricardo Salgado e Armando Vara, ambos ex-banqueiros e também eles com responsabilidades em instituições financeiras.

 

Os nomes dos possíveis novos suspeitos não são divulgados, tendo sido extraída uma certidão à Operação Marquês que dará agora origem a uma nova investigação, explica ainda o Diário de Notícias.

 

Já este mês de Março o procurador Rosário Teixeira, que lidera a investigação, solicitou a Joana Marques Vidal, a Procuradora-geral da República, um novo adiamento ao prazo para promover a acusação, que terminava a 17 de Março. Uma das razões foi, precisamente, a chegada de nova informação que havia sido pedida à Suíça sobre actividade bancária dos envolvidos.

 

Na altura, a PGR explicou, para justificar a "impossibilidade" de formalização da acusação, que o MP "não completou a análise da prova recolhida" devido a um conjunto de factores, como  cartas rogatórias enviadas à Suíça e a Angola e por "motivos inerentes à quantidade e complexidade da informação" em investigação.

 

A Operação Marquês, recorde-se, envolve já 28 arguidos e obrigou até agora à realização de 260 buscas e à inquirição de cerca de 170 testemunhas. O caso, que tem no ex-primeiro-ministro José Sócrates o nome mais sonante, conta, segundo a PGR, com 91 volumes e 452 apensos, e as provas documentais e digitais envolvem, nomeadamente, mais de 13.500 milhões de ficheiros informáticos. 

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