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Operação Lex: mais juízes investigados e presidente da Relação pressionado a demitir-se
Além de Rui Rangel, Fátima Galante e Vaz das Neves, também Orlando Nascimento e outro magistrado estão a ser inquiridos no caso da distribuição de processos. Juízes do Tribunal da Relação querem demissão do presidente.
Centrada nas atividades ilícitas dos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, a Operação Lex pode envolver mais magistrados depois de o ex-presidente do Tribunal da Relação, Luís Vaz das Neves, também já ter sido constituído arguido.
O Público avança esta segunda-feira, 2 de março, que a investigação visa também outros dois juízes, entre os quais o atual presidente da Relação, Orlando Nascimento, e um juiz de uma secção criminal que interveio num dos casos cuja distribuição terá sido viciada. Ambos foram já ouvidos pelos procuradores Maria José Morgado e Vítor Pinto.
Para não atrasar a acusação a Rui Rangel e a Fátima Galante, que já foram afastados dos tribunais, o Ministério Público pode também extrair certidões da Operação Lex para continuar a investigar o papel de alguns magistrados neste caso. Segundo o CM, Orlando Nascimento está a ser investigado num processo autónomo.
O mesmo jornal escreve que os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa vão pedir ao seu presidente para se demitir, caso não seja afastado do cargo pelo Conselho Superior de Magistratura, que se reúne na terça-feira, 3 de março, para apresentar os resultados da auditoria ao sistema de distribuição de processos aos diversos juízes.
No sábado, o Ministério da Justiça esclareceu que as suspeitas de irregularidades praticadas no Tribunal da Relação de Lisboa estão a ser investigadas e que "não foram detetadas vulnerabilidades estruturais ou intrusões de natureza informática".