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Ministério Público investiga viagens de políticos pagas pela Huawei

O Ministério Público abriu um inquérito ao caso das viagens à China feitas por políticos e pagas pela empresa de telecomunicações chinesa Huawei. Nuno Barreto, adjunto do Secretário da Estado das Comunidades, foi a primeira baixa.

Correio da Manhã
Negócios 16 de Agosto de 2017 às 18:49
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A imprensa adianta esta quarta-feira, 16 de Agosto, que o Ministério Público (MP) abriu um inquérito às viagens à China feitas por políticos e que foram custeadas pela empresa de telecomunicações chinesa Huawei. O caso já estava em fase de investigação.

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR), que no início deste mês já tinha revelado que estava a recolher elementos sobre o "Huaweigate", inicialmente noticiado pelo Observador, confirmou a esta publicação e também ao Expresso que fez chegar ao Departamento de investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa esses mesmos dados.


O Observador noticiou que a Huawei pagou viagens a vários políticos e detentores de cargos públicos, entre os quais Sérgio Azevedo, um dos vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, a Luís Newton, presidente da junta de freguesia da Estrela, a Ângelo Pereira, presidente do PSD-Oeiras, a Paulo Vistas, presidente da câmara de Oeiras, a Nuno Custódio, vice-presidente do PSD-Oeiras, a Rodrigo Gonçalves, vice-presidente do PSD-Lisboa, e a João Mota Lopes, ex-director do Instituto de Informática da Segurança Social.

 

Apesar de este caso implicar maioritariamente membros do PSD, a primeira baixa a fazer-se sentir foi a de Nuno Barreto que, na passada quinta-feira, se demitiu do cargo de adjunto do secretário de Estado das Comunidades por ter feito uma viagem à China paga pela Huawei. A viagem em causa foi realizada em Janeiro deste ano, já depois de o Governo ter aprovado um Código de Conduta na sequência das viagens de três governantes a França para assistir ao Euro 2016 que foram pagas pela Galp e que, no início deste Verão, resultaram na demissão de Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira.

 

O Código de Conduta impede que governantes e respectivos gabinetes aceitem ofertas de valor superior a 150 euros.

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