Notícia
Líderes partidários recusam falar de Sócrates
Os candidatos às próximas eleições legislativas de dia 4 de Outubro podem ter muitas diferenças, mas quando o assunto é José Sócrates todos eles concordam: recusam comentar e pedem separação entre política e justiça.
06 de Setembro de 2015 às 21:40
Os líderes partidários recusam comentar a alteração da medida de coacção aplicada ao antigo primeiro-ministro José Sócrates, que esteve dez meses em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Évora.
O actual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho reiterou, na entrevista à CMTV no sábado, que não comentava o assunto e não via qualquer esclarecimento para a campanha em misturar o plano da justiça e o plano político, sublinhando que Sócrates não era candidato.
Também o líder do Partido Socialista, António Costa, recusou comentar qualquer assunto ligado com o antigo secretário-geral do PS, revertendo a sua atenção para as próximas eleições. Costa limitou-se a afirmar que o ruído da saída de Sócrates para prisão domiciliária provoca "a inacção deste Governo" e disse estar focado em questões centrais para o país.
Semelhante posição teve o líder do CDS-PP Paulo Portas, afirmando, durante o encerramento da Escola de Quadros centrista, que é tempo de discutir política e não "casos judiciais", pedindo a separação de assuntos e poderes. "Luto pela vitória da coligação porque não quero, como português, que se repitam os mesmos erros, causas e consequências, outra coisa são casos judicias. Não quero candidatos do CDS a comentá-los. Nunca o fizemos, nem fazemos agora. Acreditamos na separação de poderes".
Igual separação de poderes pede Jerónimo de Sousa, que sublinhou a atitude de defesa da "separação de poderes entre justiça e poder político" tomada pelos comunistas. Em plena 39.ª edição da festa do "Avante", o líder do Partido Comunista desejou o "apuramento da verdade para bem de todos, com eficácia" e "sem misturar coisas que não são misturáveis". O secretário-geral do PCP garantiu que não irá fazer aproveitamento político do caso.
José Sócrates foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito. O antigo líder socialista está desde sexta-feira, 4 de Setembro, em regime de prisão domiciliária a aguardar os ulteriores termos do processo, "sujeito à proibição de contactos de forma directa ou indirecta com diversas entidades e pessoas singulares". João Araújo, advogado de Sócrates disse que a decisão era "insuficiente" e será intentado recurso.
O actual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho reiterou, na entrevista à CMTV no sábado, que não comentava o assunto e não via qualquer esclarecimento para a campanha em misturar o plano da justiça e o plano político, sublinhando que Sócrates não era candidato.
Semelhante posição teve o líder do CDS-PP Paulo Portas, afirmando, durante o encerramento da Escola de Quadros centrista, que é tempo de discutir política e não "casos judiciais", pedindo a separação de assuntos e poderes. "Luto pela vitória da coligação porque não quero, como português, que se repitam os mesmos erros, causas e consequências, outra coisa são casos judicias. Não quero candidatos do CDS a comentá-los. Nunca o fizemos, nem fazemos agora. Acreditamos na separação de poderes".
Igual separação de poderes pede Jerónimo de Sousa, que sublinhou a atitude de defesa da "separação de poderes entre justiça e poder político" tomada pelos comunistas. Em plena 39.ª edição da festa do "Avante", o líder do Partido Comunista desejou o "apuramento da verdade para bem de todos, com eficácia" e "sem misturar coisas que não são misturáveis". O secretário-geral do PCP garantiu que não irá fazer aproveitamento político do caso.
José Sócrates foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito. O antigo líder socialista está desde sexta-feira, 4 de Setembro, em regime de prisão domiciliária a aguardar os ulteriores termos do processo, "sujeito à proibição de contactos de forma directa ou indirecta com diversas entidades e pessoas singulares". João Araújo, advogado de Sócrates disse que a decisão era "insuficiente" e será intentado recurso.