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Director do Museu da Presidência detido

Diogo Gaspar foi detido por suspeitas de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.

reuters
Negócios 30 de Junho de 2016 às 09:58
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O Director do Museu da Presidência foi detido pela Polícia Judiciária, segundo avançam vários jornais na manhã desta quinta-feira.


Segundo o Correio da Manhã, Diogo Gaspar, há mais de 10 anos à frente da instituição, foi detido por suspeitas de crimes de corrupção, peculato e participação económica em negócio. Segundo o Diário de Notícias, além da detenção, a unidade nacional contra a corrupção da PJ está a realizar dezenas de buscas a domicílios, empresas e ao gabinete de Diogo Gaspar no Museu da Presidência.


Em comunicado enviado às redacções, a Procuradoria-geral da República confirma que a detenção do director do Museu da Presidência, "o qual será presente ao juiz de Instrução Criminal".

A PGR adianta que na operação participam oito magistrados do Ministério Público e cerca de três dezenas de elementos da Polícia Judiciária (PJ), sendo que as "buscas domiciliárias e não domiciliárias" decorrem na zona da Grande Lisboa e em Portalegre e "em vários locais, incluindo na Secretaria-Geral e no Museu da Presidência da República".

Acrescenta que "em causa estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder".

"No inquérito, iniciado em abril de 2015, investigam-se suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos. Investigam-se, igualmente, o uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens móveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos", refere a mesma nota.

Diogo Gaspar já foi condecorado pelos dois anteriores Presidentes. 
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já deu instruções para total transparência e cooperação com as autoridades policiais na investigação que decorre no Museu da Presidência da República, disse à Lusa fonte oficial de Belém.

Apreendidos bens culturais desviados Diversos bens culturais e artísticos alegadamente "descaminhados de instituições públicas" foram entretanto apreendidos pela Polícia Judiciária na operação "Cavaleiro" que levou à detenção do diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar informou a PJ.

Durante a operação foram efetuadas dez buscas domiciliárias e não domiciliárias e apreendidos "relevantes elementos probatórios" e "diversos bens culturais e artísticos que, presumivelmente, terão sido descaminhados de instituições públicas", indica a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

O detido vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial.

Diogo Gaspar dirige o Museu da Presidência desde 2001, era então Presidente da República Jorge Sampaio.

De acordo com o descritivo na página online do Museu da Presidência da República, este tem como missão o estabelecimento de uma relação interactiva entre o cidadão visitante e o museu que representa a instituição presidencial, promovendo de forma apelativa a participação dos visitantes ao nível social, cultural e artístico.


(notícia actualizada com comunicado da PGR e com referência aos bens apreendidos)

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