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Cidadãos vão poder consultar todos os processos judiciais pela Internet

Os cidadãos vão poder consultar todos os processos judiciais pela internet à semelhança do que já era permitido desde maio de 2017 para os processos pessoais de cobrança de dívidas, anunciou hoje o Ministério da Justiça.

Miguel Baltazar
15 de Janeiro de 2018 às 07:55
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A medida insere-se no plano de acção 'Justiça + Próxima' que estabelece um conjunto alargado de medidas de modernização, designadamente a possibilidade de consulta pelo cidadão do seu processo executivo e o alargamento do sistema informático de gestão processual 'Citius' ao processo penal, contra-ordenacional e de promoção e protecção de menores.

 

Desde que foi permitido o acesso aos processos executivos, de acordo com dados do Ministério da Justiça (MJ), foram realizadas mais de 5.000 consultas.

 

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, participa hoje na reunião de balanço e expansão do projeto Tribunal+, uma das medidas do plano de acção 'Justiça + Próxima', onde se insere este alargamento do acesso aos processos judiciais pela internet.

 

A sessão será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

 

Segundo o MJ, a funcionalidade concentrará todos os serviços digitais dos tribunais, incluindo a Certidão Judicial Eletrónica -- com mais de 7.000 emitidas (2.500 de forma automática, ou seja, sem necessidade de intervenção de qualquer funcionário judicial ou juiz) -- e o Simulador de Taxas de Justiça -- com mais de 4.000 utilizações.

 

Em maio de 2017, uma portaria do Ministério da Justiça abriu a possibilidade aos cidadãos de poder consultar electronicamente os seus processos pessoais de cobrança de dívidas, à semelhança do que já acontecia com os advogados e os solicitadores.

 

O plano "Justiça + Próxima", que pretende agilizar os processos e diminuir as pendências, prevê duplicar o número de medidas aplicadas, segundo o Programa Nacional de Reformas (PNR), enviado ao Conselho Económico e Social em Dezembro para emissão de parecer.

 

No início de Março de 2016, a ministra da Justiça apresentou o plano de acção Justiça + Próxima", cujas iniciais 120 medidas assentavam em quatro pilares - eficiência, inovação, proximidade e humanização - e que seriam alinhadas com os programas de modernização administrativa, como o SIMPLEX.

 

Outra das medidas do Tribunal + que hoje será analisado na reunião é o alargamento da tramitação electrónica a todos os tribunais até ao fim de 2018, passando a abranger os tribunais superiores (tribunais da relação, tribunais centrais administrativos, Supremo Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Administrativo), quer na jurisdição judicial quer na administrativa e fiscal.

 

Igualmente prevista para este ano está a simplificação da linguagem das citações e notificações com origem nos tribunais dirigidas aos cidadãos e empresas.

 

Esta medida, segundo o Ministério, iniciou-se em 2017 com a simplificação da notificação em processos de injunção, tendo sido emitidas desde então mais de 90.000 comunicações, seguindo-se agora a intervenção nos mais de 5.000 modelos restantes utilizados nos tribunais.

 

A comunicação electrónica entre tribunais e a Autoridade Tributária é outra das medidas já em vigor desde 04 de Janeiro.

 

Os tribunais administrativos e fiscais passaram a poder notificar por via electrónica os mandatários e representantes das entidades públicas.

 

Segundo o Ministério da Justiça, desde 04 de Janeiro foram já realizadas mais de 10.000 comunicações.

 

 

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