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Berardo detido por quatro operações com a CGD no valor de 439 milhões

Em comunicado, a Polícia Judiciária esclarece que em causa para as buscas realizadas e a detenção de Joe Berardo estão "quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros".

Lusa
29 de Junho de 2021 às 10:58
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Joe Berardo foi detido na manhã desta terça-feira no âmbito de uma operação que envolveu "180 profissionais", 138 elementos da Polícia Judiciária e 26 da Autoridade Tributária e Aduaneira, entre outros.

Em comunicado enviado às redações, em que o nome de Joe Berardo não é mencionado, a PJ refere que a operação foi feita pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, repartida por Lisboa, Funchal e Sesimbra, a qual foi desencadeada no "âmbito de investigação, em curso, pela suspeita da prática dos crimes de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento".

"Foram efetuadas 51 buscas, sendo, 22 buscas domiciliárias, 25 buscas não domiciliárias, três buscas em instituição bancária e uma busca em escritório de advogado", prossegue a nota emitida pela PJ, esclarecendo que a operação "incidiu sobretudo num grupo económico que, entre 2006 e 2009, contratou quatro operações de financiamentos com a Caixa Geral de Depósitos, no valor de cerca de 439 milhões de euros".

A investigação referida foi "iniciada em 2016", tendo esta identificado "procedimentos internos em processos de concessão, reestruturação, acompanhamento e recuperação de crédito, contrários às boas práticas bancárias e que podem configurar a prática de crime".

A PJ refere ainda que o grupo económico alvo de investigação "tem incumprido com os contratos e recorrido aos mecanismos de renegociação e reestruturação de dívida para não a amortizar".

"Atualmente este grupo económico causou um prejuízo de quase mil milhões de euros à CGD, ao Novo Banco e ao BCP, tendo sido identificados atos passiveis de responsabilidade criminal e de dissipação de património", conclui o comunicado.

Recorde-se que Joe Berardo é um dos chamados grandes devedores da CGD, tendo sido participado, em 2019, numa comissão de inquérito parlamentar que redundou na abertura de várias ações judiciais contra o madeirense.

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